Aproveitemos, por Emmanuel
Mães Abnegadas, Filhos Ingratos
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Entre os graves comportamentos destrutivos que caracterizam a inferioridade
humana, a ingratidão destaca- se, infeliz, sendo, porém, a dos filhos em relação
aos pais, uma ulceração moral das mais perturbadoras.
A gratidão é o sentimento nobre que enriquece o Espírito de bênçãos,
proporcionando-lhe saúde e bem-estar.
Exorna o caráter com os valiosos tesouros da fidelidade e da alegria de viver,
facultando a visão otimista para uma existência de eloquente significado. A
ingratidão é chaga moral que decompõe os sentimentos, trabalhando-os no processo
degenerativo.
Pergunta-se: por que mães abnegadas, cujas existências são assinaladas pela
ternura e devotamento, padecem a crueza de filhos ingratos que as crucificam nas
traves invisíveis do martírio?
Essas carinhosas genitoras, mesmo sem o conhecimento consciente, identificam,
nesses rebeldes rebentos da sua carne, seres que necessitam de amor, e, por mais
sejam maltratadas, não diminuem, pelo contrário, aumentam a capacidade de
resignação e de sacrifício para com eles.
São, esses filhos ingratos, aves que tiveram no passado as asas cortadas pela
crueldade de parceiros infiéis, que os atiraram ao abismo do desespero e da
loucura.
Algumas outras mães trazem inscritos na consciência os remorsos e as culpas
defluentes de delitos cometidos contra eles em existências pregressas, de que
não se reabilitaram, assinalando-os com mágoas e sentimentos doentios, de que
hoje se utilizam para encontrarem uma paz mentirosa.
Certamente, a conduta odienta a que se entregam, em processo de vingança, não
encontra justificativa em relação ao delito de que foram vítimas na anterior
oportunidade, porque é da Lei divina o impositivo do perdão, e quando isso não
seja possível, prevalece o dever de compreensão em referência à queda moral do
seu próximo.
Elas, no entanto, durante a lucidez recuperada na Espiritualidade,
conscientizando-se do clamoroso erro praticado, suplicam a Deus a oportunidade
de recebê-los como filhos, sabendo que somente o poder do amor será suficiente
para sanar-lhes as mágoas profundas e neles edificar os dons da amizade e do
devotamento verdadeiros.
Santa Mônica, por exemplo, a cristã modelo, maltratada pelo filho ingrato,
Agostinho de Hipona, suportou as suas diatribes e agressões, orando por ele e o
amando sem cessar, por vinte e sete longos anos, até o momento em que aconteceu
a conversão que o levou a Jesus.
O algoz acalmou-se e a mãe feliz retornou à pátria ditosa, legando o cristão
invulgar encarregado de servir à Humanidade desde o recuado século IV.
À sua semelhança, incontáveis mães sofridas conseguiram erguer os filhos
rebeldes dos abismos aos quais se atiraram até às elevadas esferas do amor e da
alegria de viver.
Mães abnegadas! Tende coragem e mantende a fé na divina Justiça, perseverando,
animosas, ao lado desses filhos ingratos. Eles estão enfermos e preferem
ignorá-lo.
Sois a luz na treva da desdita em que se debatem, recusando- -se à claridade
libertadora.
Não vos aflijais em demasia, tendo em conta que eles são também filhos de Deus
como vós próprias e não estão esquecidos...
Filhos! Refleti enquanto ao vosso lado se encontra o anjo maternal dando-vos
amparo e carinho.
Se o desdenhais hoje e a vossa arrogância o pune injustamente, amanhã, quando
ele houver partido da Terra, valorizá-lo-eis tardiamente no percurso solitário
pelo deserto do arrependimento e da angústia.
Recomponde a paisagem mental e cuidai de aproveitar a santa oportunidade do
convívio com o seu amor, a fim de vos encontrardes a vós próprios.
No jubiloso dia dedicado às mães, na Terra, embora todos os dias lhes pertençam,
sede felizes, mulheres abnegadas, evocando e refugiando-vos na incomparável Mãe
de Jesus, tornada sublime genitora de todas as criaturas!
Por: Anália Franco, Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite de 13 de março de 2013, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia. Do site: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=325
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