O Regresso de Simão Pedro, por Maria Dolores
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Tanto quanto sustentamos confidências menos felizes com os outros,
alimentamos aqueles do mesmo gênero de nós para nós mesmos.
Como vencer os nossos conflitos interiores? De que modo eliminar as tendências
menos construtivas que ainda nos caracterizam a individualidade? - indagamo-nos.
De que modo esparzir a luz se muitas vezes ainda nos afinamos com a sombra?
E perdemos tempo longo na introspecção sem proveito, da qual nos afastamos
insatisfeitos ou tristes.
Ponderemos, entretanto que os doentes estivessem proibidos de trabalhar, segundo
as possibilidades que lhes são próprias, e se os benefícios da escola fossem
vedados aos ignorantes, não restaria à civilização outra alternativa que não a
de se extinguir, deixando-se invadir pelos atributos da selva.
Felicitemo-nos pelo fato de já conhecer as nossas fraquezas e defini-las. Isso
constitui um passo muito importante no Progresso Espiritual, porque, com isso,
já não mais ignoramos onde e como atuar em auxílio da própria cura e burilamento.
Que somos espíritos endividados perante as Leis Divinas, em nos reportando a nós
outros, os companheiros em evolução na Terra, não padece dúvida.
Urge, porém, saber como facear construtivamente as necessidades e problemas do
mundo íntimo.
Reconhecemo-nos falhos, em nos referindo aos valores da alma, ante a Vida
Superior, mas abstenhamo-nos de chorar inutilmente no beco da auto piedade. Ao
invés disso, trabalhemos na edificação do bem de todos.
Cultura é a soma de lições infinitamente repetitivas no tempo.
Virtude é o resultado de experiências incomensuravelmente recapituladas na vida.
Jesus, O Mestre dos Mestres, apresenta uma chave simples para que se lhe
identifiquem os legítimos seguidores: “conhecê-los-eis pelos frutos”.
Observemos o que estamos realizando com o tesouro das horas e de que espécie são
as nossas ações, a benefício dos semelhantes. E, procurando aceitar-nos como
somos, sem subterfúgios ou escapatórias, evitemos estragar-nos com queixas e
auto condenação, diligenciando buscar, isto sim, agir, servir e melhorar-nos
sempre.
Em tudo o que sentirmos, pensarmos, falarmos ou fizermos, doemos aos outros o
melhor de nós, porque Deus nos conhecerá pelos bons frutos que produzirmos.
Por: Emmanuel, Do livro: Rumo Certo, Médium: Francisco Cândido Xavier
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