O Regresso de Simão Pedro, por Maria Dolores
Liberdade com o Espiritismo
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No seio do pensamento fulgente da Doutrina Espírita, todos achamos motivação
para encetar os passos da nossa verdadeira libertação. Com Allan Kardec, o
alcandorado amigo e ínclito Codificador do Espiritismo, torna-se menos complexa
essa azáfama para a manumissão anelada. O mundo seria mais leve, e a vida humana
mais fácil de ser vivida se conseguíssemos entender e usufruir a sonhada
liberdade.
Libertar-se-ia a Ciência com o pensamento espírita se, ao encontrar o agente de
tudo, o princípio inteligente do universo, o Espírito, se abstivesse de tudo
atribuir somente aos fenômenos materiais, como princípio e fim de tudo.
Verificaria, então, quão rica e grandiosa seria a visão científica, a partir do
enriquecimento trazido pela constatação e valorização consciente do horizonte
espiritual.
Libertar-se-ia a Filosofia por meio do pensamento espírita, quando pousasse suas
reflexões, fosse qual fosse a escola de pensamentos sustentada, na realidade do
ser imortal, ao conceber que o pensamento é atributo da alma. A partir disso, se
tornaria mais simples a compreensão de que tudo quanto existe no campo da
matéria densa não passa das elaborações da mente, do psiquismo do ser
espiritual. Entenderia o filósofo, sob a profunda luz espírita, que há um
caminho menos agreste para a compreensão do ser e da existência, bem como o
sentido de tudo isso, nos mundos disseminados pelos espaços.
Libertar-se-ia a Fé Religiosa ante o pensamento espírita, qualquer que fosse a
sua linha interpretativa dos fenômenos da alma, ao observar seriamente e
penetrar o conhecimento das leis da natureza, base em que se apoia a estrutura
espírita. Destronaria o interesse subalterno de dominação de consciências,
valorizaria o trabalho de amadurecimento das consciências para a visão de Deus,
o que aclararia a reflexão do crente para libertá-lo, por fim, da pieguice, do
fanatismo, do fundamentalismo destrutivo.
Atido à grandeza do pensamento espírita, Allan Kardec presenteia a humanidade
com a ensancha de estabelecer a libertação das criaturas, graças ao conhecimento
da verdade, o que confirmaria o ensinamento do Cristo Jesus.
Se o conhecimento que estamos angariando na vida não nos é capaz de libertar da
sombra generalizada, sombra do intelecto, sombra do sentimento, sombra da moral,
algo está em equívoco. Ou esse conhecimento não é a expressão da verdade, ou,
então, de nossa parte, não estamos assimilando devidamente seus conteúdos.
É hora de despertar, nessa fase aziaga da experiência humana. Estamos perante o
extravasar de loucuras sem dimensão; achamo-nos diante das explosões do egoísmo;
encontramo-nos submetidos a um tempo de graves pelejas provocadas por
incontáveis almas aturdidas, infelizes em si mesmas, que pesam sobre o psiquismo
terrestre, espalhando o seu infortúnio. É tempo de cuidados intensos para a
inadiável marcha.
À frente de tudo isso, porém, raia o Sol portentoso do Espiritismo no cerne da
Codificação de Kardec, que nos deverá aquecer e iluminar para a vitória, para a
espiritual libertação.
Agora, quando rendemos ao Mestre de Lyon as justíssimas homenagens pela contagem
desses dois séculos de seu último berço no mundo, sob os céus que cantavam as
pautas da liberdade, da igualdade e da fraternidade, unimo-nos em oração para
agradecer ao Criador por esse ensejo e por nosso júbilo, júbilo da família
espírita do mundo, reunida em Paris.
Saudamos, pois, o Codificador, por haver-se tornado para nós o instrumento da
liberdade que o Cristo anunciou para a humanidade inteira.
Com os mais cordiais votos de progresso e de paz, sou o servidor de todas as
horas, o sempre amigo
Por: Gabriel Dellane, Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, por ocasião da sessão de encerramento do IV Congresso Espírita Mundial, em 05.10.2004, Paris-França. Em 04.06.2010. Do site: http://www.raulteixeira.com/mensagens.php?not=225
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