Apreciando Satélites, por Irmão X
Homenagem
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Recebi a sua mensagem, lembrando-nos algo comentar, acerca dos companheiros amadurecidos na experiência física.
Tempo dos chamados idosos.
Você, prezado amigo, ao completar os noventa e dois janeiros, nos fala com melancolia:
- “Vale a pena viver muito num corpo em avançado desgaste?”
E nós respondemos:
- “Ser-nos-á licito desprezar a vida que é sempre concessão de Deus? Quem substituirá a compreensão dos que adquiriram conhecimento? Que seria da infância e da juventude sem a orientação daqueles que já palmilharam longos trechos de caminho?...”
Diz você:
- “Que pode um homem realizar no entardecer das próprias forças?”
E passando a considerar mais detidamente o assunto, recordamos a presença dos troncos, por vezes centenários, carregado de ninhos:
Nos braços vigorosos, hospedam pássaros que lhes abençoam o refugio;
Quando o clima se faz demasiado quente e áspero, ei-lo que se transforma em toldo refrigerante para os viajores fatigados;
Se não longe dele os estreitos regatos desapareciam na terra seca; temo-lo na condição de protetor de fontes ocultas, das quais dimana a água limpa que assegura a existência de poços providenciais.
Além disso, um tronco assim é um prodígio de frutos substanciosos de que homens e animais se aproveitam pra viver.
Mais ainda, essas árvores marcadas pelo tempo, são fatores de nutrição do ambiente em que derramam as essências que lhe são próprias.
Lembre o tronco a que nos reportamos e não nos fale em velhice.
Tempo consagrado aos idosos, tempo de maturidade e mais vida.
Creia. Se existe no Universo algum ser maravilhosamente velho e eternamente novo, esse alguém decerto é aquele que todos veneramos sob o Santo nome de Deus.
Por: Augusto Cezar, Do livro: Presença de Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier
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