Perante a Ciência, por André Luiz
A Misericórdia Eleva a Alma
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Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque obterão misericórdia. (S. MATEUS, cap. V, v. 7.)
Em sua sabedoria de Espírito Puro, Jesus, Modelo e Guia da humanidade, ensina que o sacrifício mais agradável ao Senhor é o que o homem faça do seu próprio ressentimento; que, antes de se apresentar para ser por ele perdoado, precisa haver perdoado e reparado o agravo que tenha feito a algum de seus irmãos.
Importante lição podemos haurir das palavras de Jesus, em resposta ao apóstolo Pedro, sobre o conhecer e o não praticar os ensinamentos cristãos conforme segue:
“— Senhor: que dizer, então, daqueles que conhecem os sagrados princípios da
caridade e não os praticam?
Esboçou Jesus manifesta satisfação no olhar e elucidou:
— Estes, Simão, representam sementes que dormem, apesar de projetadas no seio
dadivoso da terra. Guardarão consigo preciosos valores do Céu, mas jazem inúteis
por muito tempo. Estejamos, porém, convictos de que os aguaceiros e furacões
passarão por elas, renovando-lhes a posição no solo, e elas germinarão,
vitoriosas, um dia. Nos campos de Nosso Pai, há milhões de almas assim,
aguardando as tempestades renovadoras da experiência, para que se dirijam à
glória do futuro. Auxiliemo-las com amor e prossigamos, por nossa vez, mirando a
frente!” ¹
É, dessa forma, no labor do bem e no enfrentamento de nossas dificuldades
intimas, que progredimos e desenvolvemos as virtudes latentes em nosso interior,
a espera que nos decidamos por cultivá-las no exercício constante da caridade
para com o próximo e para com a vida.
Em o Evangelho segundo o Espiritismo, encontramos as claras explicações sobre
esse nobre sentimento, que precisamos urgentemente desenvolver a benefício do
nosso crescimento espiritual, na busca da implantação do Reino de Deus entre os
homens o mais depressa possível, conforme abaixo descrito:
“A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto aquele que não for
misericordioso não poderá ser brando e pacífico. Ela consiste no esquecimento e
no perdão das ofensas. O ódio e o rancor denotam alma sem elevação, nem
grandeza. O esquecimento das ofensas é próprio da alma elevada, que paira acima
dos golpes que lhe possam desferir. Uma é sempre ansiosa, de sombria
suscetibilidade e cheia de fel; a outra é calma, toda mansidão e caridade.
Ai daquele que diz: nunca perdoarei. Esse, se não for condenado pelos homens,
sê-lo-á por Deus. Com que direito reclamaria ele o perdão de suas próprias
faltas, se não perdoa as dos outros? Jesus nos ensina que a misericórdia não
deve ter limites, quando diz que cada um perdoe ao seu irmão, não sete vezes,
mas setenta vezes sete vezes.
Há, porém, duas maneiras bem diferentes de perdoar: uma, grande, nobre,
verdadeiramente generosa, sem pensamento oculto, que evita, com delicadeza,
ferir o amor próprio e a suscetibilidade do adversário, ainda quando este último
nenhuma justificativa possa ter; a segunda é a em que o ofendido, ou aquele que
tal se julga, impõe ao outro condições humilhantes e lhe faz sentir o peso de um
perdão que irrita, em vez de acalmar; se estende a mão ao ofensor, não o faz com
benevolência, mas com ostentação, a fim de poder dizer a toda gente: vede como
sou generoso! Nessas circunstâncias, é impossível uma reconciliação sincera de
parte a parte. Não, não há aí generosidade; há apenas uma forma de satisfazer ao
orgulho. Em toda contenda, aquele que se mostra mais conciliador, que demonstra
mais desinteresse, caridade e verdadeira grandeza d’alma granjeará sempre a
simpatia das pessoas imparciais.” 2
O benfeitor Emmanuel nos afirma que: “Espiritismo, restaurando o Cristianismo, é
universidade da alma. Nesse sentido, vale recordar que Jesus, o Mestre por
excelência, nos ensinou, acima de tudo, a viver construindo para o bem e para a
verdade, como a dizer-nos que a chama da cabeça não derrama, a luz da felicidade
sem o óleo do coração. 3
Bibliografia:
1) Xavier, Francisco Cândido – Livro: Jesus no Lar, FEB, 20ª edição - pelo
Espírito Neio Lúcio – Cap. 4.
2) Kardec, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo, FEB – 112ª edição –
Capítulo X, item 4.
3) Xavier, Francisco Cândido – Livro da Esperança, C.E.C., 15ª edição - Espírito Emmanuel – Cap. 12
Por: Francisco Rebouças, Texto enviado pelo próprio autor para publicação em nosso site
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