O Regresso de Simão Pedro, por Maria Dolores
Doutrina e Aplicação
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Filhos, o Senhor nos abençoe.
Somos defrontados hoje por impositivos da fé que realmente se nos mostram por obrigações de caráter inadiável.
Achamos-nos sem dúvida, à frente de um mundo, - nossa casa, - atravancado de problemas que a nós outros compete resolver.
Lutas, conflitos, dificuldades, desafios, de variada espécie nos convocam à divulgação da Doutrina de Amor e Luz, a cujo engrandecimento estamos convocados, cada qual de nós na posição em que se encontra.
Por isso mesmo, já que estudais a virtude, reflitamos na expansão dos princípios espíritas evangélicos como sendo a demonstração generalizada e simples da virtude do Cristianismo Redivivo no Espiritismo, a porta libertadora de nossos
corações no rumo da emancipação com o Cristo de Deus.
Entretanto, filhos, a divulgação a que nos reportamos será, sim, a de exposição
verbal de nossas teses edificantes, mas, sobretudo a prática dos ensinamentos a
que se nos afeiçoam idéia e coração.
Acrescentemos Espiritismo à nossas atividades cotidianas.
Mais amor no exercício de nossos deveres, mais luz em nossa palavra.
Em casa, aditemos Doutrina às nossas mínimas atitudes, a fim de que o lar se nos
mantenha por santuário bendito do aperfeiçoamento espiritual a que nos
empenhamos e em nossos grupos de serviço apliquemos Doutrina em nossos gestos
mais obscuros, de vez que no instituto domestico e em nossa equipe de trabalho é
que surpreendemos os mais difíceis problemas de ordem espiritual para a
iluminação do futuro.
Isso porque é no ambiente mais íntimo da experiência terrestre que acolhemos os
laços mais sublimes do amor e os elos mais aflitivos das aversões que nós mesmos
trazemos na bagagem de passadas reencarnações.
Do lar e do grupo social, seja esse grupo de caráter idealístico ou afetivo, na
ação e na afinidade, é que nos afastamos para a Família Maior – a Humanidade, -
assim como a embarcação que se retira do cais, em demanda do mar alto.
Por esta razão, nessas duas escolas da alma é forçoso, adestrar-no em Doutrina
Espírita, a fim de que a travessia da viagem na vida física se faça amparada no
êxito necessário.
Enfim, traduzamos a nossa fé em trabalho incessante no Bem, desentranhemos as
lições de Jesus, milenarmente arquivadas em nossa memória para o trato afetivo
com as experiências do dia-a-dia, auxiliando-nos uns aos outros, através do
perdão aprendido e sofrido e da tolerância trabalhada e esculpida no próprio
esforço, reconhecendo que o outro é o nosso reflexo.
O próximo é o caminho e Jesus é a meta.
Sirvamo-nos.
Ajudemo-nos.
Tão somente assim, ofereceremos substancia às realizações espíritas-cristãs, à
maneira do material que monumentaliza esse ou aquele plano de construção.
Atividade, mas não aquela atividade a que os nossos irmãos ainda sediados na
rebeldia se referem nos apelos com que conclamam o Mundo à renovação.
Esforço em nós mesmos, para que a nossa fé se nos instale definitivamente na
vida pessoal para que a felicidade não mais se erija em nós por mito que a
desilusão quebra ou destrói.
Construamos Doutrina em nós e em nossas próprias existências, dando conta dos
encargos que o Senhor nos reservou, tomando a compreensão e a bondade por
diretrizes de cada dia.
Apenas assim, - unicamente assim, - faremos a divulgação do Espiritismo por
Doutrina Perfeita, a destacar-se de nossas próprias imperfeições, a fim de que
pelo trabalho de hoje, venhamos a alcançar com o Divino Mestre, a felicidade
indestrutível pela vivência positiva e real da legenda que Ele mesmo, Jesus, nos
deu a todas as criaturas na Terra, por divino roteiro indispensável à paz de
cada um: - "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei".
Por: Bezerra de Menezes, Médium: Francisco Cândido Xavier
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