O Regresso de Simão Pedro, por Maria Dolores
Desafios
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Você sabia que a melhor maneira de se enfrentar um desafio é começar
enfrentando-o?
Quantas vezes você se deteve a pensar nos problemas do mundo e os considerou insolúveis?
Uma negra americana, de nome Mary Jane Mac Leod Bethune, começou a educar
crianças em um depósito de lixo.
A lei da segregação racial nos Estados Unidos era muito severa com os negros.
Ela era negra. Ganhara uma bolsa de estudos de uma costureira e, após se formar,
não tinha alunos.
Quando foi nomeada, não tinha escola.
Sem pestanejar, ela conseguiu três caixotes de cebola, colocou-os debaixo de uma
árvore em um depósito de lixo. Chamou três crianças, descendentes de escravos, e
começou a ensiná-las a ler e escrever.
Quando Henry Ford foi a Osmond, uma praia da Califórnia, ela foi visitá-lo.
À porta foi barrada pelo mordomo, também negro, que lhe perguntou como ela
ousava procurar Mr. Ford, sendo negra.
Sem titubear, ela falou bem alto: Tenho uma entrevista marcada com Mr. Ford.
Marquei por telefone.
Ouvindo-a, Henry Ford pediu-lhe que entrasse. Ao vê-la, exclamou: Eu não sabia
que a senhora era negra!
Não totalmente, respondeu Mary Jane. Duvido que o senhor conheça dentes mais
alvos e olhos mais brancos do que os meus.
Ela lhe disse que precisava da ajuda dele para construir a sua escola,
ampliá-la. Queria que ele fosse com ela conhecer o terreno e com ela construísse
a escola dos seus sonhos.
Convencido por aquela mulher de caráter espontâneo e firme, desceu com ela pelo
elevador e foi até ao local.
Quando chegaram ao depósito de lixo Mary Jane falou:
É aqui, senhor, que eu desejo construir a minha escola.
Mas, é um depósito de lixo. - falou ele.
Ora, disse Mary Jane, sempre esqueço dos detalhes. A minha escola de verdade
está em minha cabeça. Eu preciso do seu dinheiro para tirá-la de minha mente e
colocá-la ali.
Ele lhe deu vinte mil dólares.
Essa mulher tornou-se o símbolo da educadora mundial. Até o ano de 1969 havia
educado milhares de negros americanos.
Assim, quando há um desafio é necessário começar. Ante tantos iletrados, podemos
começar, agora, alfabetizando um que esteja próximo de nós.
Ante tantos sem medicação, podemos auxiliar alguém a conseguir a medicação, a
consulta, o exame de que careça.
Perante os que padecem fome, podemos iniciar oferecendo um prato de sopa quente
e nutritiva, o leite para um bebê, o pão a um velhinho enfermo e só.
Na seqüência, chamar um cooperador, mais um e outro, e formar um grupo. Então já
seremos vários a lutar contra o que antes caracterizávamos como totalmente sem
solução.
A célebre Universidade Mackenzie, em São Paulo, começou quando uma educadora
americana notou, em São Paulo, na rua em que morava, um grupo de crianças
vadias.
Ela atraiu os meninos, oferecendo-lhes broa de milho e lhes falou do Evangelho
de Jesus.
Mais tarde, as crianças eram tantas, que ela abriu uma escola de alfabetização
para elas.
O Mackenzie, que tem uma bela e longa história, foi visitado inclusive pelo imperador D. Pedro II, que lhe fez uma expressiva doação.
Por: Momento Espírita, Texto extraido do site http://www.momento.com.br
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