Aproveitemos, por Emmanuel
Uma Frase de Dom Helder
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Deparei-me com uma frase, em um livro de pedagogia, atribuída ao notável D. Hélder Câmara (1909-1999), que me despertou reflexões de grave importância. Essa incomparável personalidade da história brasileira, “(...) Devido a sua atuação política e social, sua pregação libertadora em defesa dos mais pobres, seja pela denúncia da exploração dos países subdesenvolvidos, ou pela sua pastoral religiosa em prol da valorização dos pobres e leigos, foi chamado de comunista, e passou a sofrer retaliações e perseguições por parte das autoridades militares. Foi impedido de ter acesso aos meios de comunicação de massa e de
divulgar suas mensagens durante todo o período ditatorial. (...) escreveu diversos livros que foram traduzidos em vários idiomas, entre os quais, japonês, inglês, alemão, francês, espanhol, italiano, norueguês, sueco, dinamarquês, holandês, finlandês. Recebeu cerca de seiscentas condecorações, entre placas, diplomas, medalhas, certificados, troféus e comendas. Foi orador de massas no
Brasil e no exterior, onde expressou, com densidade e força, seus ideais,
posicionamentos, questionamentos religiosos, políticos e sociais. Foi
distinguido com 32 títulos de Doutor Honoris Causa, vinte e quatro prêmios dos
mais diversos órgãos internacionais. Diversas cidades brasileiras concederam-lhe
cerca de 30 títulos de cidadão honorário. E é lembrado na história da Igreja
Católica Apostólica Romana, no Brasil e no mundo, como um Apóstolo, que soube
honrar o Brasil e usar o carisma de defensor da paz e da justiça para os filhos
de Deus. (...)”, deixou-nos, entre tantas, a seguinte reflexão que ora trazemos
aos leitores:
Diante do colar – belo como um sonho – admirei, sobretudo, o fio que unia as
pedras e se imolava, anônimo para que todos fossem um...
Notem os leitores a profundidade, grandeza e alcance da frase. Ela cabe no
sentido individual, no seio de uma família, numa cidade, na sociedade brasileira
e até no planeta. Quantas interpretações notáveis não estão enquadradas na
palavra “fio”?!
Para estarmos unicamente numa abordagem, até pela limitação de espaço, pensemos
em termos de sociedade brasileira. O “fio” podemos enquadrar no comportamento de
cada cidadão, na honestidade e ética que apliquemos a nós mesmos. Ou, por outro
lado, igualmente podemos compará-lo com a tolerância que nos devemos aplicar uns
aos outros, nos conflitos de relacionamento, para se evitar tantas “trombadas”
na defesa das próprias idéias, aí aplicado o bom senso para que o “pavio” dessa
tolerância não seja curto nem longo demais, mas dentro da medida que o bom senso
recomenda.
Não é este fio que está faltando em cada um de nós, brasileiros, cidadãos?
Não é o fio de pensar antes na necessidade coletiva que na nossa egoística,
individual? Pois é justamente o interesse pessoal e a indiferença coletiva que
está mantendo o grave momento coletivo da humanidade, em todo e qualquer sentido
que queiramos analisar. Breve reflexão confirmará a tese...
Ora, o dito fio cabe nos relacionamentos, enquadra-se no momento de violências
que vivemos, sugere o equilíbrio individual, situa-se muito bem dentro da
harmonia que se deve construir em família e agiganta-se quando o utilizamos em
termos de sociedade brasileira ou mundial. O egoísmo individual, a desarmonia
familiar ou essa inquietude interior de cada um está causando a confusão
generalizada.
Acalmemo-nos, pois, interiormente, unindo dentro de nós mesmos as pérolas ou
pedras do colar de harmonia que podemos construir, inclusive e principalmente
com a família, para que essa harmonia reflita-se em sociedade através do
respeito, da ética, da bondade, da tolerância, da solidariedade, da atenção...
Ao invés dos interesses individuais, unamo-nos nos interesses comuns da
coletividade e todos saberemos nos respeitar individualmente...
Nota do autor: a transcrição biográfica, parcial, acima utilizada, foi extraída do site www.fundaj.gov.br
Por: Orson Carrara, Texto enviado pelo próprio autor para publicação em nosso site
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