Apreciando Satélites, por Irmão X
Ausência de Amor
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Modernamente inúmeros simpósios e congressos são realizados,
congraçando mestres, pais e alunos, visando encontrar uma solução ajustada aos
problemas do ensino.
Há um hiato entre lar e escola.
Há um grande vácuo entre professor e aluno.
Ao mesmo tempo, e até simultaneamente a tão nobilitante empenho, incluem na
pauta de trabalhos e estudos, sem mais cogitações, as reivindicações de classe,
dando-lhes espaço preferencial e regime de urgência, tomando considerável tempo
para as citações estatísticas e exibição de mapas da situação precária dos
mestres do ensino.
O clamor é respeitável.
O que falta no entanto, o que é ausente na medicina, o que é indispensável na
mecânica, o que nem sempre está presente nas profissões, não é propriamente uma
solução técnica mais avançada, mas sim o amor da criatura ao trabalho que
realiza.
Na ausência do amor, a falta de diálogo.
Na ausência do amor, a restrição da acuidade.
Na ausência do amor, a morte do gênio criativo.
Na ausência do amor, o desinteresse avassalante.
Na ausência do amor, o desalento destruidor.
Na ausência do amor, a falência da técnica.
O amor não é sentimento superado pelos conceitos modernos e pela abundância dos
recursos técnicos, porque quando ele se faz ausente nas realizações programadas,
estabelece-se o abismo entre a criatura e o objeto de sua atividade. Sem a
interação entre a criatura e o seu objetivo, em que uma parcela de nós mesmos se
transfere para o que vamos realizando, perdemos inevitavelmente o interesse
essencial pelo trabalho e nossos atos entram em rotina, gerando deficiência e
promovendo o aparecimento do tédio e da insatisfação.
O mestre deve amar seu discípulo.
O médico amará seu paciente.
O mecânico amará o que produz.
O marceneiro, provido de amor, fará obras de arte.
Toda atividade que desenvolvamos, quando banhada pelo afeto profundo
enriquece-se em resultados, permitindo-nos descortinar novas formas e nos
transmitindo a indisfarçável sensação de que somos co-criadores no panorama
geral do Universo, sem que experimentemos jamais a sensação desintegradora da
rotina em nossa vida.
Por: Roque Jacintho, Caso tenha ou possua, envie-nos a referência desse texto.
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