Aproveitemos, por Emmanuel
Não Fales Mal de Ninguém
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Toda pessoa não suficientemente realizada em si mesma tem a
instintiva
tendência de falar mal dos outros.
Qual a razão última dessa mania de maledicência?
É um complexo de inferioridade unido a um desejo de superioridade.
Diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentar o nosso valor
próprio.
A imensa maioria dos homens não está em condições de medir o seu valor por si
mesma. Necessita medir o seu próprio valor pelo desvalor dos outros.
Esses homens julgam necessário apagar as luzes alheias a fim de fazerem
brilhar mais intensamente a sua própria luz.
São como vaga-lumes que não podem luzir senão por entre as trevas da noite,
porque a luz das suas lanternas fosfóreas é muito fraca.
Quem tem bastante luz própria não necessita apagar ou diminuir as luzes dos
outros para poder brilhar.
Quem tem valor real em si mesmo não necessita medir o seu valor pelo
desvalor dos outros.
Quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita chamar de doentes os outros
para gozar a consciência da saúde própria.
As nossas reuniões sociais, os nossos bate-papos são, em geral, academias de
maledicência.
Falar mal das misérias alheias é um prazer tão sutil e sedutor – algo
parecido com whisky, gin ou cocaína – que uma pessoa de saúde moral precária
facilmente sucumbe a essa epidemia.
A palavra é instrumento valioso para o intercâmbio entre os homens. Ela, porém,
nem sempre tem sido utilizada devidamente.
Poucos são os homens que se valem desse precioso recurso para construir
esperanças, eliminar dores e traçar rotas seguras.
Fala-se muito por falar, para “matar tempo”. A palavra, não poucas vezes,
converte-se em estilete da impiedade, em lâmina da maledicência e em bisturi da
revolta.
Semelhantes a gotas de luz, as boas palavras dirigem conflitos e resolvem
dificuldades.
Portanto, cabe às pessoas lúcidas e de bom senso, não dar ensejo para que o
veneno da maledicência se alastre, infelicitando e destruindo vidas.
Desculpemos a fragilidade alheia, lembrando-nos das nossas próprias
fraquezas.
Evitemos a censura.
Enriqueçamos o coração de amor e banhemos a mente com as luzes da
misericórdia divina.
Porque, de acordo com o Evangelho de Lucas, 6, 45* Bonus homo de bono thesauro
cordis profert bonum, et malus homo de malo profert malum: ex abundantia enim
cordis os eius loquitur - “a boca fala do que está cheio o coração”.
Por: Humberto Rohden, Caso tenha ou possua, envie-nos a referência desse texto.
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