Apreciando Satélites, por Irmão X
Desastres
A+ | A- | Imprimir | Ouça a MSG | Ant | Post
Inúmeros têm sido os fatos divulgados pela imprensa mundial
sobre os vários desastres que estão ocorrendo em toda a face da terra: As Ondas
gigantes, na Ásia, o incêndio na Argentina, as enchentes na China, O vulcão no
Estados Unidos, as Pontes arrastadas pelas chuvas causando acidentes com
vítimas, acontecidos aqui mesmo no Brasil, etc. etc..., mas o que será que está
acontecendo com o nosso planeta?
Ao analisarmos esses acidentes, que causaram tanta destruição e morte, à luz dos
ensinamentos da doutrina espírita só encontraremos uma justificativa lógica,
para nos explicar os acontecimentos citados que é sem sombra de dúvidas a Lei de
justiça agindo dentro dos seus mecanismos de AMOR e purificação do Ser eterno,
concedendo oportunidade de resgates e reajustamento dessas consciências
envolvidas nos fatos, pois como nos afirma a doutrina dor'>consoladora, não há efeito
sem uma causa que o justifique.
Se admitirmos qualquer um desses fatos, como simples obra do acaso, vitimando
inocentes, não poderemos crer em Justiça Divina, pois que o acaso teria mais
poder de causar destruição do que o próprio Deus de conservar a harmonia no
universo criado por ele e dominado pelo ACASO.
Quando a doutrina espírita nos ensina que, a reencarnação é a chave para que
possamos entender a justiça de Deus, muitos religiosos ainda arraigados em
conceitos milenares e recheados de dogmas, superstições, e tendo como base a fé
cega, apressam-se em acusar Deus de caprichoso, irado, pois explicam tudo como
sendo desígnios de Divinos.
Pronunciam suas diversas justificativas pueris, na crença de que é simplesmente
por que Deus julgou que assim deveria proceder, não dando qualquer importância à
vida e ao destino dessas criaturas, não percebendo que agindo dessa maneira por
simples desejo seu sem qualquer justificativa para o fato, estaria ELE, obrando
como qualquer ser humano insensato e até mesmo irresponsável e injusto, pois
estaria atingindo seres como inúmeras crianças atingidas pelas citadas ondas,
sem que a pobre criatura saiba porque está sendo incluída no rol dos infelizes
inimigos desse Deus que resolveu dar vazão a sua ira, e sem qualquer motivo
plausível, resolveu punir essas desafortunadas vítimas selecionadas por ele; não
levando em conta sequer que seres “inocentes”, com poucos dias de vida estariam
sendo também atingidos.
Sendo assim, nos damos o direito de perguntar aos que assim pensam: que Deus é
esse tão imprevisível e injusto, que deva merecer nossa confiança, nossa fé,
nossa esperança?
O Deus que conhecemos na doutrina espírita, é antes de tudo Pai, amoroso, justo
e bom, incapaz por isso mesmo, de cometer atos dessa natureza com quem quer que
seja, e justifica sua maravilhosa filosofia dor'>consoladora, nos afirmando que para
todos esses irmãos envolvidos de alguma forma nesse terrível desastre, a Lei de
causa e efeito se faz presente, confirmando o ensinamento de Jesus ao nos
instruir que “a cada um segundo as suas obras”.
Todos os nossos irmãos que pereceram pelo efeito devastador das ondas gigantes,
pelos dolorosos incêndios, pelos desastres por qualquer meio de transporte, por
outro qualquer fato fortuito, tinham motivos para ali se encontrarem com a Lei,
a fim de quitar seus débitos com a justiça divina que não falha jamais,
encontrando nesses eventos tristes e dolorosos, a sublime oportunidade do
resgate libertador.
Vejamos o que o Codificador nos trouxe de ensinos à esse respeito: No Livro dos
Espíritos, PARTE 3ª - CAPÍTULO VI - DA LEI DE DESTRUIÇÃO, que achamos oportuno
trazer para nossa melhor compreensão sobre o assunto como se segue:
Flagelos destruidores
Pergunta: 737. Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos
destruidores?
“Para fazê-la progredir mais depressa. Já não dissemos ser a destruição uma
necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova
existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja
o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados. Somente do vosso ponto
de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por
efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são freqüentemente
necessárias para que mais pronto se dê o advento de uma melhor ordem de coisas e
para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos.” (744)
Pergunta: 738. Para conseguir a melhora da Humanidade, não podia Deus empregar
outros meios que não os flagelos destruidores?
“Pode e os emprega todos os dias, pois que deu a cada um os meios de progredir
pelo conhecimento do bem e do mal. O homem, porém, não se aproveita desses
meios. Necessário, portanto, se torna que seja castigado no seu orgulho e que se
lhe faça sentir a sua fraqueza.”
a) - Mas, nesses flagelos, tanto sucumbe o homem de bem como o perverso. Será
justo isso?
“Durante a vida, o homem tudo refere ao seu corpo; entretanto, de maneira
diversa pensa depois da morte. Ora, conforme temos dito, a vida do corpo bem
pouca coisa é. Um século no vosso mundo não passa de um relâmpago na eternidade.
Logo, nada são os sofrimentos de alguns dias ou de alguns meses, de que tanto
vos queixais. Representam um ensino que se vos dá e que vos servirá no futuro.
Os Espíritos, que preexistem e sobrevivem a tudo, formam o mundo real (85).
Esses os filhos de Deus e o objeto de toda a Sua solicitude. Os corpos são meros
disfarces com que eles aparecem no mundo. Por ocasião das grandes calamidades
que dizimam os homens, o espetáculo é semelhante ao de um exército cujos
soldados, durante a guerra, ficassem com seus uniformes estragados, rotos, ou
perdidos. O general se preocupa mais com seus soldados do que com os uniformes
deles.”
b) - Mas, nem por isso as vítimas desses flagelos deixam de o ser.
“Se considerásseis a vida qual ela é e quão pouca coisa representa com relação
ao infinito, menos importância lhe daríeis. Em outra vida, essas vítimas acharão
ampla compensação aos seus sofrimentos, se souberem suportá-los sem murmurar.”
Venha por um flagelo a morte, ou por uma causa comum, ninguém deixa por isso de
morrer, desde que haja soado a hora da partida. A única diferença, em caso de
flagelo, é que maior número parte ao mesmo tempo.
Se, pelo pensamento, pudéssemos elevar-nos de maneira a dominar a Humanidade e
abrangê-la em seu conjunto, esses tão terríveis flagelos não nos pareceriam mais
do que passageiras tempestades no destino do mundo.
Pergunta: 739. Têm os flagelos destruidores utilidade, do ponto de vista físico,
não obstante os males que ocasionam?
“Têm. Muitas vezes mudam as condições de uma região. Mas, o bem que deles
resulta só as gerações vindouras o experimentam.”
Pergunta: 740. Não serão os flagelos, igualmente, provas morais para o homem,
por porem-no a braços com as mais aflitivas necessidades?
“Os flagelos são provas que dão ao homem ocasião de exercitar a sua
inteligência, de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus e
que lhe oferecem ensejo de manifestar seus sentimentos de abnegação, de
desinteresse e de amor ao próximo, se o não domina o egoísmo.”
Pergunta: 741. Dado é ao homem conjurar os flagelos que o afligem?
“Em parte, é; não, porém, como geralmente o entendem. Muitos flagelos resultam
da imprevidência do homem. À medida que adquire conhecimentos e experiência, ele
os vai podendo conjurar, isto é, prevenir, se lhes sabe pesquisar as causas.
Contudo, entre os males que afligem a Humanidade, alguns há de caráter geral,
que estão nos decretos da Providência e dos quais cada indivíduo recebe, mais ou
menos, o contragolpe. A esses nada pode o homem opor, a não ser sua submissão à
vontade de Deus. Esses mesmos males, entretanto, ele muitas vezes os agrava pela
sua negligência.”
Na primeira linha dos flagelos destruidores, naturais e independentes do homem,
devem ser colocados a peste, a fome, as inundações, as intempéries fatais às
produções da terra. Não tem, porém, o homem encontrado na Ciência, nas obras de
arte, no aperfeiçoamento da agricultura, nos afolhamentos e nas irrigações, no
estudo das condições higiênicas, meios de impedir, ou, quando menos, de atenuar
muitos desastres? Certas regiões, outrora assoladas por terríveis flagelos, não
estão hoje preservadas deles? Que não fará, portanto, o homem pelo seu bem-estar
material, quando souber aproveitar-se de todos os recursos da sua inteligência e
quando aos cuidados da sua conservação pessoal, souber aliar o sentimento de
verdadeira caridade para com os seus semelhantes? (707)
No Livro Obras Póstumas, Segunda Parte, pág. 215, no Capítulo intitulado:
Questões e problemas - As expiações coletivas, o espírito Clélie DUPLANTIER,
assim nos esclarece em um dos trechos de sua mensagem sobre o tema:
“Salvo exceção, pode-se admitir como regra geral que todos aqueles que têm uma
tarefa comum reunidos numa existência, já viveram juntos para trabalharem pelo
mesmo resultado, e se acharão reunidos ainda no futuro, até que tenham alcançado
o objetivo, quer dizer, expiado o passado, ou cumprido a missão aceita.
Graças ao Espiritismo, compreendeis agora a justiça das provas que não resultam
de atos da vida presente, porque já vos foi dito que é a quitação de dívidas do
passado; por que não ocorreria o mesmo com as provas coletivas? Dissestes que as
infelicidades gerais atingem o inocente como o culpado; mas sabeis que o
inocente de hoje pode ter sido o culpado de ontem? Que tenha sido atingido
individualmente ou coletivamente, é que o mereceu. E, depois, como dissemos, há
faltas do indivíduo e do cidadão; a expiação de umas não livra da expiação das
outras, porque é necessário que toda dívida seja paga até o último centavo. As
virtudes da vida privada não são as da vida pública; um, que é excelente
cidadão, pode ser muito mau pai de família, e outro, que é bom pai de família,
probo e honesto em seus negócios, pode ser um mau cidadão, ter soprado o fogo da
discórdia, oprimido o fraco, manchado as mãos em crimes de lesa-sociedade. São
essas faltas coletivas que são expiadas coletivamente pelos indivíduos que para
elas concorreram, os quais se reencontram para sofrerem juntos a pena de talião,
ou ter a ocasião de repararem o mal que fizeram, provando o seu devotamento à
coisa pública, socorrendo e assistindo aqueles que outrora maltrataram. O que é
incompreensível, inconciliável com a justiça de Deus, sem a preexistência da
alma, se torna claro e lógico pelo conhecimento dessa lei.
A solidariedade, que é o verdadeiro laço social, não está, pois, só para o
presente; ela se estende no passado e no futuro, uma vez que as mesmas
individualidades se encontraram, se reencontram e se encontrarão para subirem
juntas a escala do progresso, prestando-se concurso mútuo. Eis o que o
Espiritismo faz compreender pela eqüitativa lei da reencarnação e a continuidade
das relações entre os mesmos seres”.
Quando do plano espiritual, nos preparando para mais uma oportunidade de
reencarnarmos no mundo físico, solicitamos nossa redenção perante a justiça
divina, ao compreendermos o quanto fomos danosos para a sociedade em que nos
comprometemos, e o Pai por infinita bondade nos dá a suprema oportunidade de nos
quitarmos perante nossa própria consciência que abriga todas as suas soberanas
Leis, para que conquistemos por nossos próprios atos a libertação do grilhão que
nos prendem aos abismos das trevas, com objetivo de buscarmos reparar nossos
delitos e irresponsabilidades contraídas no passado, para então procedermos em
direção a nossa essência espiritual que é fonte de amor e harmonia.
Finalizando, este nosso modesto artigo, sobre tão grave assunto em destaque na
imprensa do mundo inteiro, vivido por inúmeras famílias que perderam seus entes
queridos de forma tão trágica, alertamos para o cuidado que devemos ter com a
nossa semeadura presente que serão decisivas para o nosso porvir, visto que não
temos como alterar as nossas ações efetuadas no passado distante, mas poderemos
se desejarmos modificar para melhor o nosso porvir.
Que o Mestre Jesus nos conserve os corações alegres e unidos no propósito de
amar e servir hoje e sempre.
Por: Francisco Rebouças, Texto enviado pelo próprio autor para publicação em nosso site
Tags
Leia Também:
Desastres: por Francisco Rebouças
Chico Voltou: por Francisco Rebouças
Convite da Luz: por Francisco Rebouças
No Controle da Voz: por Francisco Rebouças
Amargura: por Francisco Rebouças
Comentários