O Regresso de Simão Pedro, por Maria Dolores
Despertando do Coma
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Terry Wallis foi notícia no mundo inteiro porque abriu os
olhos novamente depois de dezenove anos em estado de coma após sofrer um
acidente de carro, nos Estados Unidos. Fato raro, segundo a Medicina, uma vez
que a freqüência comum de reavivamento é de três meses. Terry acordou do longo
sono bastante humorado. Primeiro falou com a mãe, depois pediu a terapeuta para
fazer amor com ele. Outro caso interessante ocorreu com Patricia White Bull, uma
bailarina que durante o parto de seu quarto filho desacordou para somente
recobrar a consciência dezesseis anos depois, exatamente no natal de 1999.
Embora a ciência tenha avançado bastante sobre o mecanismo de funcionamento do
cérebro, especialmente nesta última década, não conseguiu desvendar o mistério
para casos como estes de Terry Wallis e Patricia Bull. Não conseguiu porque
ainda não levou em consideração a tese do princípio espiritual que anima cada
ser vivente.
O ser humano não é tão-somente um animal racional, é, sobretudo, um ser
espiritual que recebe um corpo de carne para passar por experiências de
aprendizado no planeta Terra. Para ligar o espírito ao corpo físico existe um
corpo específico, semmaterial'>imaterial, que encontra várias denominações como corpo
bioplasmático, perispírito, corpo astral etc. A morte somente acontece quando as
ligações do corpo físico com este corpo espiritual se efetiva. Um paciente em
estado de coma mantém estes laços de vitalidade sem tempo determinado para
desligamento. Por isso, a terminologia mais adequada para configurar este
fenômeno seria a desencarnação, isto é, a ação de saída do corpo de carne. A
miopia científica, porém, para as questões espirituais, faz atrasar os avanços
necessários para o tratamento integral do ser humano.
Um paciente, em estado de coma, está presente no local onde seu corpo fica
paralisado, presenciando o que ocorre ao seu redor ou em qualquer lugar, a
semelhança do que atestam as pessoas que passaram por experiências de
quase-morte. Se familiares, amigos ou médicos conversarem com o paciente podem
ter a certeza que ele terá condições de ouvir e ver, sem, contudo, ter a
capacidade de dar a resposta. Pode até aparecer normalmente em sonhos, pois quem
está aprisionado na cama é o corpo e não o espírito. Mas, qual a razão para
alguém passar tanto tempo ausente do mundo? Pode-se afirmar que cada caso é um
caso, e compreendendo a Lei Divina como perfeita, é certo que aquela experiência
deva servir de resgate de débitos cármicos provocados por ele noutras vidas.
O desaviso sobre a realidade espiritual pode, também, nos casos de coma profundo
por longo período, levar ao raciocínio de abreviação dos sofrimentos do paciente
e provocar a eutanásia. O termo eutanásia, proposto pelo filósofo Francis Bacon,
em 1623, vem do grego, podendo ser traduzido como boa morte ou morte apropriada
e teve a Holanda como o primeiro país do mundo a legalizá-la, em 2001. A
eutanásia é outro equívoco. Equívoco porque parte do pressuposto de que a vida
pertence à pessoa. A vida, na verdade, pertence a Deus que permite a cada um de
nós usufruí-la para a nossa felicidade, não devendo ninguém abreviar a sua ou a
de qualquer um, seja qual for a justificativa.
O sono profundo que necessitamos despertar é o da inconsciência daquilo que
realmente somos. Acordar para a dimensão do espírito e vivermos em consonância
com ela, modificando nossa forma de pensar e conseqüentemente de agir, sobretudo
com os outros, sob a perspectiva da vida futura e da imortalidade que nos é
inerente.
Por: Carlos Pereira, Caso tenha ou possua, envie-nos a referência desse texto.
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