O Regresso de Simão Pedro, por Maria Dolores
Destino
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O destino se constrói a cada momento de nossa existência. Se é
verdade que hoje navegamos pelo rio da vida com a canoa que construímos com os
golpes do machado de nossos próprios atos, também é verdade que nos cabe remar
no sentido que desejamos e sujeitando-nos a avançar lenta ou velozmente no rumo
a ser alcançado. A cada instante reforçamos os mantimentos de nossa bagagem pelo
apoio de corações amigos que promovem amparo fraternal. Nosso livre arbítrio nos
permite, a todo momento, jogar para fora do barco o lastro excessivo das pedras
da culpa que imaturamente juntamos no decorrer de nossa jornada. O esforço
próprio para vencer a correnteza das adversidades da existência, leva-nos a
escolher os afluentes de águas menos caudalosas, embora de percurso mais longo,
Sem as surpresas dos rochedos ocultos que desafiam nossa visão limitada. O
equipamento de bordo é fruto das nossas possibilidades, entretanto, a direção do
barco da vida depende de nós.
Não há carma estático. A idéia de que o destino já está indelevelmente traçado
existe nas estreitas mentes que se espremem no desfiladeiro limitado pelas
muralhas pétreas da rigidez de percepção. O carma é dinâmico e sofre modificação
a cada pensamento nosso. Quando pensamos, ocorre movimentação de energias,
emissão de ondas e criação de situações atenuantes ou agravantes aos problemas.
É verdade que somos peixes livres no aquário da vida. No entanto, estamos
limitados as quatro paredes envidraçadas que correspondem aos pontos cardeais de
nossa dimensão física; livres apenas no espaço dimensional que conhecemos, porém
mergulhados em outros espaços que não percebemos.
Na trajetória da vida, os atos construtivos e amorosos além de conquistar a
simpatia e o amparo ao nosso redor, geram vórtices energéticos superiores em
nossa estrutura espiritual. A presença destas energias sutis suavizam
acentuadamente nossas desarmonias energéticas, bem como reduzem nossas
tendências a determinadas situações de desequilíbrio e sofrimento.
No trânsito pelo campo da vida podemos, a cada momento, espargir as sementes do
amor que celeremente desabrocham nas flores perfumadas do companheirismo , em
criaturas que amadurecem como frutos saborosos da solidariedade humana.
O carma, OU O DESTINO, devem ser compreendidos sempre como uma tendência a
determinadas situações decorrentes de nossa natureza psíquica, a qual foi
elaborada nas múltiplas existências. Nada impede que lutemos contra elas, ao
contrário, mentores espirituais nos amparam constantemente infundindo força para
vencermos, evitando, muitas vezes, sofrimentos desnecessários.
Por: Dr Ricardo di Bernardi, Caso tenha ou possua, envie-nos a referência desse texto.
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