Treva e Sofrimento
Nenhum de nós outros, os que apelamos para a vossa renovação, encontrou até
agora a residência dos anjos. Somos companheiros em cujo coração palpita, plena,
a Humanidade, com os seus defeitos e aspirações.
Compreendemos, contudo, vosso tormento consumidor e trazemos a todos o convite
de renúncia aos impulsos egoísticos, concitando-vos, ainda, ao reconhecimento
devido ao Senhor e à penitência pelos nossos erros voluntários e criminosos do
passado.
Agradeçamos a Misericórdia Divina e, reunidos, peçamos ao Cristo entendimento de
sua vontade sublime e sábia, com a precisa força para executá-la, onde
estivermos.
Não roguemos, como o rico enganado da narração evangélica, qual quer vantagem
para o nosso individualismo ou para o círculo pessoal de nossos interesses
particulares, mas, sim, a compreensão, suficiente compreensão dos deveres que
nos cabem, na atualidade menos venturosa, de acordo com as suas diretrizes
salvadoras.
E, cheios de confiança nova, aguardemos o porvir, em que a Terra, nossa grande
mãe, nos oferecerá, generosa, outras ocasiões fecundas de aprender e resgatar,
santificar e redimir.
Trecho do capítulo Treva e Sofrimento, por Padre Hipólito.
André Luiz