Que Temos com o Cristo?
“Ah! que temos contigo, Jesus Nazareno? vieste destruir-nos? Bem sei quem és:
o Santo de Deus.” — (MARCOS, capítulo 1, versículo 24.)
Grande erro supor que o Divino Mestre houvesse terminado o serviço ativo, no
Calvário.
Jesus continua caminhando em todas as direções do mundo; seu Evangelho redentor
vai triunfando, palmo a palmo, no terreno dos corações.
Semelhante circunstância deve ser lembrada porque também os Espíritos maléficos
tentam repelir o Senhor diariamente.
Refere-se o evangelista a entidades perversas que se assenhoreavam do corpo da
criatura.
Entretanto, essas inteligências infernais prosseguem dominando vastos organismos
do mundo.
Na edificação da política, erguida para manter os princípios da ordem divina,
surgem sob os nomes de discórdia e tirania; no comércio, formado para
estabelecer a fraternidade, aparecem com os apelidos de ambição e egoísmo; nas
religiões e nas ciências, organizações sagradas do progresso universal, acodem
pelas denominações de orgulho, vaidade, dogmatismo e intolerância sectária.
Não somente o corpo da criatura humana padece a obsessão de Espíritos perversos.
Os agrupamentos e instituições dos homens sofrem muito mais. E quando Jesus se
aproxima, através do Evangelho, pessoas e organizações indagam com pressa:
“Que temos com o Cristo? que temos a ver com a vida espiritual?”
É preciso permanecer vigilante à frente de tais sutilezas, porquanto o
adversário vai penetrando também os círculos do Espiritismo evangélico, vestido
nas túnicas brilhantes da falsa ciência.
Emmanuel