Tristeza
“Porque a tristeza, segundo Deus, opera arrependimento para a salvação, o
qual não traz pesar; mas a tristeza do mundo gera a morte.” — Paulo. (2ª
EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS, capítulo 7, versículo 10.)
Conforme observamos na advertência de Paulo, há “uma tristeza segundo Deus” e
outra “segundo a Terra”. A primeira soluciona problemas atinentes à vida
verdadeira, a segunda é caminho para a morte, como símbolo de estagnação, no
desvio dos sentimentos.
Muita gente considera virtudes a lamentação incessante e o tédio continuado.
Encontramos os tristes pela ausência de dinheiro adequado aos excessos; vemos os
torturados que se lastimam pela impossibilidade de praticar o mal; ouvimos os
viciados na queixa doentia, incapazes do prazer de servir sem aguilhões. Essa é
a tristeza do mundo que prende o Espírito à teia de reencarnações corretivas e
perigosas.
Raros homens se tocam da “tristeza segundo Deus”. Muito poucos contemplam a si
próprios, considerando a extensão das falhas que lhes dizem respeito, em marcha
para a restauração da vida, no presente e no porvir. Quem avança por esse
caminho redentor, se chora jamais atinge o plano do soluço enfermiço e da
inutilidade, porque sabe reajustar-se, valendo-se do tempo, a golpes benditos de
esforço para as novas edificações do destino.
Emmanuel