Mediunidade a Desenvolver
Mediunidade a desenvolver: tema constante nas atividades espíritas.
Para explicar, no entanto, o que vem a ser isso, enfileiremos o mínimo de
palavras, recorrendo aos esclarecimentos vivos do trabalho e do estudo.
Alguém chega à oficina, pedindo emprego.
Precisa garantir a subsistência.
Obtém lugar e acolhida.
Mas se espera, durante dias e dias, que os diretores da organização lhe arrebate
a cabeça e as mãos, movimentando-as à força, para o dever que lhe cabe, sem a
menor iniciativa, seja no transporte de fardo humilde ou no manejo da escova
para auxiliar na limpeza, acabará sempre sob as vistas dos orientadores da obra
que encontrarão motivos para agradecer-lhe a presença e conferir-lhe substituto.
Isso porque ninguém entesoura competência, através de expectativa.
Alguém chega à escola, pedindo instrução.
Precisa desvencilhar-se da ignorância.
Obtém admissão e valimento.
Mas se espera, durante meses e meses, que os professores lhe arrebatem a cabeça
e as mãos, movimentando-as à força para o dever que lhe cabe, sem a menor
iniciativa, seja na pontualidade às lições ou na consulta espontânea a esse ou
aquele volume, a fim de se esclarecer, em matéria determinada, acabará sempre
sob as vistas dos examinadores de ensino, que lhe situarão as necessidades na
estaca da repetência.
Isso porque ninguém entesoura cultura por osmose.
Desenvolvimento mediúnico é igualmente assim.
Partindo da sinceridade do médium, todo aperfeiçoamento das forças espirituais
deve apoiar-se no estudo que ilumina o campo da vida e no trabalho que se
converte em lavoura do bem.
Raciocínio e sentimento em ação. Caridade e conhecimento.
Fora disso, estaremos reafirmando, invariavelmente, que possuímos mediunidade a
desenvolver, e falamos certo, ao indicar semelhante realização para o futuro
indeterminado, porque eficiência mediúnica é comparável à competência e à
cultura que ninguém alcançará sem adquirir.
Emmanuel