Que Produzes?

Meu amigo.
A vida nunca deixará sem contas o tempo que nos empresta.
A fonte oculta no campo desamparado é uma bênção para o chão ressequido.
A árvore é doadora constante de utilidades e benefícios.

A cova minúscula é berço da sementeira.

A erva tênue faz a provisão do celeiro.

A abelha pequenina fabrica mel que alivia o doente.

O barro humilde, ao calor da cerâmica, se transforma em sustentáculo da habitação.

Nos estábulos e nos redis, há milhões de vidas inferiores, extinguindo-se em dádivas permanentes ao conforto da Humanidade, produzindo leite e lã para que povos inteiros se alimentem, se agasalhem e desenvolvam.

E nós, que desfrutamos a riqueza do tempo, que fazemos da sublime oportunidade de criar o bem?

Ainda que fujamos para os derradeiros ângulos do Planeta, um dia chegará em que a Verdade Divina se dirigirá a nós outros, indagando:

Que produzes? Que fazes da saúde do corpo, da inteligência, dos recursos variados que a vida te deu?

Lembremo-nos de que na própria crucificação, o Mestre Divino produziu a Ressurreição por mensagem de imortalidade ao mundo de todos os séculos.

Não te esqueças, meu amigo, de que a felicidade é uma equação de rendimento do esforço da criatura, na improvisação do bem e na extensão dele e não olvides que, provavelmente, não vem longe o minuto em que prestarás contas de teu aproveitamento nas bênçãos de trabalho e paz, alegria e luz, que vens atravessando na condição de usufrutuário da Terra.


Emmanuel