Razão de Viver
No tumulto gigantesco destas horas de tempestade viral e moral, não poucos
indivíduos estamos podendo manter uma diretriz de segurança que nos faculte uma
existência harmônica.
As incomparáveis conquistas da inteligência em todas as áreas, especialmente na
tecnologia de ponta, facultam-nos horizontes abençoados, concedendo-nos
comodidades dantes jamais sonhadas, nada obstante, não equacionaram os desafios
do sentimento, os problemas dos relacionamentos sociais e afetivos.
Prolongaram a vida física, abriram caminhos para realizações de beleza e
divertimento, facilitaram o manejo dos instrumentos de trabalho, propuseram
regras para a dignidade humana, trabalham para fazer desaparecer os preconceitos
de qualquer procedência, diminuíram as distâncias e derrubaram algumas
fronteiras...
Mas não foram suficientes para tornarem a sociedade mais feliz, eliminando os
bolsões de intolerância e de ódio, os movimentos anarquistas e devastadores, as
sublevações das massas esmagadas ante leis injustas e incapazes de trabalhar em
favor do bem, tornando este um período de transição dolorosa, sem que se saiba
quais as novas éticas que dignifiquem o indivíduo. Teorias rasteiras conclamam
os descontentes a viverem o momento conforme suas necessidades, sem qualquer
controle das emoções que visam apenas ao prazer, como se esse fosse a razão
única de se viver.
Ao longo da cultura e da civilização, saímos do primarismo do instinto para os
altos significados da emoção, e saturados de deveres e de prazeres, estamos
sendo convocados a descer à vala das paixões servis e novamente nos afogarmos no
paul dos tormentos.
A maioria das propostas sociológicas e filosóficas, não se levando em conta as
dificuldades financeiras e as dificuldades para a conquista do trabalho
edificante e honorável, traz o amargo conceito da rebelião contra Deus e os Seus
missionários de amor que estiveram na Terra, vivendo e ensinando plenitude
através do autoconhecimento e do mergulho nos arcanos originais da vida.
A rebelião busca destruir figuras de líderes honoráveis, a começar por Jesus
Cristo, numa fúria assustadora, como se eles fossem os impedimentos para a
libertinagem e a perversidade de todos os matizes.
O profano vem assumindo posturas de sagrado, enquanto este se transforma no
responsável pelas misérias que desorganizam as criaturas.
Jamais uma proposta filosófica tendo por base o amor e o bem que se deve fazer
ao próximo produz desarmonia nos delicados equipamentos mentais e emocionais do
ser humano.
A História é um manancial de documentação a esse respeito. Ante o contubérnio
extravagante e devastador das teorias destruidoras, seja o amor a nossa razão de
viver.
Divaldo Franco