Reencarnados
Ontem – corsário afamado,
Matava sedento de ouro...
Hoje – menino enjeitado
A beira do ancoradouro.
Ontem – mulher de ilusão,
Mentiras e cabriolas...
Hoje – bendita prisão
De pratos e caçarolas.
Ontem – autor insensato,
Ganhando á custa do vicio...
Hoje – doente sem tato,
Vivendo com sacrifício.
Ontem - tirano na praça,
Falava insincero em tudo...
Hoje – mendigo que passa,
Gaguejando, tartamudo.
Destino desventura?!...
Nada disso, meu irmão,
Presente mostra o passado,
Bendita a reencarnação!...
Chiquito de Moraes