Pânico
Na mitologia grega, o deus Pã (Pan) era conhecido como protetor dos bosques e
florestas, sendo parte humano e parte caprino. Tomava conta das terras da
Arcádia, onde era muito venerado, e toda vez que alguém se adentrava na região
sem a sua permissão, ele aparecia inopinadamente e o visitante tombava em
pânico...
Vivemos dias que nos recordam o deus Pã.
Grande número de pessoas se atribuem o domínio da verdade e, ao invés de
revelá-la, são tomadas de paixões de toda ordem e disseminam mentiras, usando
artimanhas da sua habilidade intelectual para incutir o pânico. Nem todos
estamos em nível intelecto-moral de discernimento do que é certo e deixamo-nos
conduzir por aqueles que parecem possuir melhores qualidades e mais valores,
permitindo-nos, não raro, ludibriar.
Neste período de graves preocupações, esses aproveitadores, desejosos de brilho,
espalham mentiras que produzem muitos danos emocionais.
Surgem estatísticas falsas, ao sabor daqueles que as propalam e muitas vezes,
quando são legítimas, em confronto com as fakes da moda, mais confusos
permanecem.
Há alguns meses o Facebook apresentou uma mensagem apavorante como se fosse de
nossa autoria mediúnica. Muitas pessoas assustadas nos escreveram, temerosas e
enfraquecidas moralmente. A todos respondemos que se tratava de farsa de algum
psicopata que se permite o prazer de perturbar os outros e tomamos providências
junto à entidade que a divulgou. A mensagem foi retirada e, há poucos dias,
verifico que ela está novamente correndo o mundo com o seu mister fantasioso e
perverso.
Estamos tomando novas providências a respeito do tema e lamentamos profundamente
a ocorrência.
Por isso, vale o esforço de quando formos surpreendidos por notícias de tal jaez
termos o cuidado de verificar a autenticidade antes de nos deixarmos conduzir
pelo pânico ou equivalentes.
No caso do Covid-19, a pandemia que ataca o planeta e que não é tão letal quanto
parecia no início, basta que se verifique o número de pacientes curados e dos
esforços dos cientistas em encontrar uma vacina ou terapia especializada para
detê-la. É claro que deveremos ter muito cuidado, mantendo-nos isolados, lavando
as mãos com sabão e logo usando o álcool em gel, mas, sobretudo, preservarmos a
serenidade mental e emocional para robustecermos o corpo e a alma.
Sempre ocorreram, periodicamente, pandemias. E neste século, lamentavelmente, a
China tem oferecido ao mundo diversas e lastimáveis doenças devastadoras.
O nosso querido país apresenta outras enfermidades destruidoras, como a dengue,
a tuberculose, a AIDS e a pior de todas, que é a indiferença em relação aos
deveres éticos e morais, o materialismo e a crueldade.
Divaldo Franco