Marcante Virtude
A virtude da solidariedade fica em clara evidência por ocasião do Natal.
Muito natural, em face ao próprio clima natalino que domina a sociedade e motiva
ações em favor do próximo.
Embora ela esteja sempre presente nas ações humanas, muitas vezes de forma
oculta ou anônima, é no Natal que mais há movimentações nesse sentido.
É que ela, a solidariedade, é filha do amor ou da caridade. A caridade pensa
antes nos outros e vai ao encontro das necessidades do próximo. Inspirada pela
presença do Cristo no planeta e desenvolvida por vários de seus missionários que
vieram ao planeta, ela se contagia nos corações humanos por ocasião do Natal. É
que nos deixamos, todos, envolver pela doce lembrança do Mestre da Humanidade,
que nos pede, sim, aliviar as agruras humanas onde pudermos. Isso inclui a
comida, o remédio, o brinquedo, a roupa, mas também a gentileza, o afeto, a
paciência, a tolerância...
Melhor que incorporássemos todas essas virtudes no cotidiano de cada dia. Muito
mais que as luzes externas do Natal, que enfeitam as casas e criam os apelos
comerciais, o Natal significa a lembrança da perene mensagem de amor. Muito mais
que presentes e eventos de alimentação, que nossas atitudes reflitam as luzes
interiores que vamos adquirindo com a noção do dever que temos de espalhar e
viver o amor em suas várias manifestações, especialmente aquelas que atenuem,
aliviem, o ambiente onde vivemos, com quem vivemos.
Sim, movimentemos ações solidárias, integremos equipes, apoiemos iniciativas.
Aqui na cidade, com em tantas outras, em instituições, há decisões e
planejamentos diversos para que não falte alimento, roupa, lazer e nem carinho
para quem se sente sozinho ou aflito por razões que nem sempre alcançaremos.
A conhecida frase SEJA SOLIDÁRIO PARA NÃO SER SOLITÁRIO é de grande expressão e
devemos pensar nela. Quando nos estendemos as mãos mutuamente, nos tornamos
ligados por laços indestrutíveis, onde se incluem a amizade, a gratidão e,
claro, a consciência do dever.
Nesse momento difícil e desafiador da humanidade, com o império das drogas, da
violência e da corrupção, ergamos a decisão de algo fazer, continuando a fazer,
para levar felicidade a quem se sente solitário e aflito. Que as músicas
comoventes do Natal nos sensibilizem para as ações no bem, da caridade, do amor.
Crianças, idosos, homens e mulheres, não importa. Sempre haverá alguém em
conflito, com dúvidas, com dificuldades. Sejamos nós aqueles que chegam com o
sorriso, a compreensão, o estímulo. Para fazermos a vida melhor. Feliz Natal,
leitor!
Orson Carrara