Afabilidade e Doçura
No exercício da afabilidade e da doçura, que atrairá em teu favor as
correntes da simpatia, compadece-te de todos e guarda, acima de tudo, a boa
vontade e a sinceridade no coração.
Não será porque sorrias a todo instante que conseguirás o milagre da
fraternidade. A incompreensão sorri no sarcasmo e a maldade sorri na vingança.
Não será porque espalhes teus ósculos com os outros que edificarás o teu
santuário de carinho. Judas, enganado pelas próprias paixões, entregou o Mestre
com um beijo.
Por outro lado, não é porque apregoas a verdade, com rigor, que te farás
abençoado na vida; a irreflexão no serviço assistencial agrava as doenças e
multiplica os desastres.
Com a franqueza agressiva, embora tocada de boas intenções, não serás portador
do auxílio que desejas, conseguindo gerar tão somente o desespero e a
indisciplina.
Não será com o elogio público ou com a acusação aberta que ajudarás ao
companheiro; quase sempre, o louvor humano é uma pedra no caminho e a queixa,
habitualmente, é uma crueldade. Sorrisos e palavras podem estar simplesmente na
máscara.
Na alegria ou na dor, no verbo ou no silêncio, no estímulo ou no aviso, acende a
luz do amor no coração e age com bondade. Cultivemos a brandura sem afetação; e
a sinceridade, sem espinhos.
Somente o amor sabe ser doce e afável, para compreender e ajudar, usando
situações e problemas, circunstâncias e experiências da vida, para elevar nosso
espírito eterno ao templo da luz divina.
Gaspar M. de Jovelanos em “Oración sobre el estudio de la Literatuta y la
Ciências, vol I”: Si algo sobre la tierra merece el nombre de felicidad. Es
aquella interna satisfacción, aquel intimo sentimiento moral que resulta del
empleo de nuestras faculdades en la indagación de la verdade y em la práctica de
la virtud. Se algo sobre a Terra merece o nome de felicidade, é aquela íntima
satisfação, aquele íntimo sentimento moral que resultam do emprego de nossas
faculdades na pesquisa da verdade e na prática da virtude.
Emmanuel