Quando o Desejo é Servir

Ele tem apenas cinco anos de idade. Mora no Estado do Kansas, nos Estados Unidos.

No último Natal, ele pediu um uniforme de policial como presente, para estranheza de sua mãe, considerando que não existem policiais em sua família, que ele desejasse, eventualmente, imitar.

O uniforme azul, no entanto, se tornou sua roupa diária, até mesmo para ir à escola. Nascia, ali, o oficial Oliver Davis.

Logo, ele pediu mais equipamentos policiais. Quando sua mãe viu uma motocicleta policial, do tamanho de uma criança, de imediato a adquiriu.

Com ela, ele chegou a posar para fotos ao lado de policiais verdadeiros, com suas grandes motocicletas.

Não satisfeito em vigiar sua mãe no trânsito, quando ela dirige muito rápido, ou quando troca de faixa sem sinalizar com o pisca, ele perguntou como poderia ajudar as pessoas.

Porque um bom policial faz isso: ajuda as pessoas. Como resultado, começou a visitar casas de repouso locais e distribuir flores para os moradores.

No primeiro local, ele ficou um pouco nervoso. Não sabia bem o que fazer, além de dar flores a cada um.

Será que poderia abraçá-los?

Quando acabou aquela visita, ele disse que queria fazer tudo aquilo de novo porque tinha gostado muito…

Foi se soltando, nas visitas seguintes. Foi perdendo a timidez. Entra, então, com sua motocicleta, oferece uma flor a cada um, abraça.

Uma criança visitando idosos, oferecendo flores. Sem dúvida, uma nova geração vai surgindo na Terra.

Uma geração que vem para transformar o mundo, a partir de pequenos gestos, de coisas simples, de atos pequenos.

Mas que fazem a grande diferença, que fazem sorrir um idoso, que encantam uma idosa que olha a flor e seus olhos se enchem de lágrimas porque recorda do namorado que lhe ofertava rosas, exatamente daquela cor: amarelas.

Uma geração que pensa no outro, que o deseja feliz, ao menos por alguns minutos, enquanto se entretém olhando um menino entrando pela sala com uma motocicleta, carregada de flores.

Pessoas que se sentem menos solitárias porque um raio de sol, nos braços de uma criança, lhes veio aquecer os corações.

A nova geração está aí, nos nossos lares. Alguns demonstram genialidade e adentram pelos campos das artes, da ciência, da tecnologia.

Outros, simplesmente, estão chegando para ensinar a conjugação do verbo amar.

Amar a todos e a qualquer um. Fazer alguém feliz, se importar com o outro.

Assumir, desde cedo, responsabilidades, tomar atitudes positivas.

Olhando o garoto vestido de azul, nos indagamos o quanto de benefícios semeará até se tornar adulto e dar continuidade ao seu intento.

Importante que pais e educadores nos façamos atentos a essas crianças a fim de lhes perceber as tendências e auxiliá-las, nos seus propósitos, no despertar de suas missões.

Que as saibamos identificar, apoiar. Sobretudo entender seus sonhos, suas aspirações, no intuito de colaborar na construção desse mundo novo.

Prestemos atenção para não nos tornarmos pedra de tropeço. Também para não supervalorizarmos coisas pequenas, atos corriqueiros, provocando endeusamentos prejudiciais.

Atenção e prudência. A hora nos exige.


Momento Espírita