Anarquia
A anarquia é uma teoria política que rejeita a existência de um governo,
conforme os melhores dicionaristas. Trata-se de uma ideologia que não é a favor
de nenhum tipo de hierarquia ou dominação imposta.
O anarquista é alguém rebelde, de reações primárias, que somente se atribui
direitos, permitindo-se desrespeitar as leis e os direitos dos demais. Portador
de violência, compraz-se em desarticular tudo quanto se realiza em ordem e
disciplina, estimulando outros portadores do mesmo distúrbio moral à
agressividade e à destruição.
No dia 14 de julho recente, a França e o mundo recordaram a Revolução de 1789,
iniciada com a queda da Bastilha, em Paris, que abriu para a humanidade entre
outros valores, as liberdades democráticas, a queda do poder divino dos reis, o
absolutismo do clero e das classes denominadas aristocráticas. É verdade que,
mais tarde, em razão de alguns psicopatas, derrapou para os alarmantes dias do
Terror.
O ideal dos filósofos revolucionários facultou a libertação de muitos povos que
foram estimulados a tirar das costas o fardo da opressão...
Evocada com emoção e aplaudida pelo povo que acompanhou as celebrações
promovidas pelas autoridades, no dia seguinte, com a vitória da França no
campeonato mundial de football, os anarquistas, que não se puderam manifestar
anteriormente com as forças da sua destruição, transformaram Paris em um caos,
com a agressividade e a violência, arrebentando e incendiando casas comerciais,
bancas de jornais, monumentos públicos, quais bárbaros sedentos de sangue e
alucinados.
Foi um espetáculo dantesco e indigno de uma sociedade culta e civilizada,
levando a graves e sérios prejuízos pessoas honestas e trabalhadoras, assim como
ameaçando de agressão física a qualquer indivíduo que se lhes opusessem.
Infelizmente, espetáculos dessa natureza repetem-se amiúde, demonstrando o
estágio primário em que muitas pessoas ainda se encontram.
Por esta razão, Allan Kardec denominou a Terra como um planeta de provas e
expiações, a caminho de mundo de regeneração.
Indispensável que todos os cidadãos compreendam que os direitos humanos são
invioláveis e numa sociedade democrática todos têm o direito de viver com
dignidade, sendo respeitados e compreendidos, nada justificando as explosões e
os distúrbios dessa minoria desequilibrada que lhe pesa na economia moral.
Para esses desordeiros, o júbilo assim como a perda, constituem motivo para que
arrebentem as amarras do equilíbrio e deem expansão à selvageria neles em
ebulição.
À educação compete domesticar o lobo que ainda existe na alma humana,
pacificando-a e contribuindo para a felicidade do ser primitivo, assim como a de
todos os demais em conjunto.
Divaldo Franco