Decisão
Somos tangidos por fatos e problemas a exigirem a manifestação de nossa
vontade em todas as circunstâncias.
Muito embora disponhamos de recursos infinitos de escolha para assumir gesto
determinado ou desenvolver certa ação, invariavelmente, estamos constrangidos a
optar por um só caminho, de cada vez, para expressar os desígnios pessoais na
construção do destino.
Conquanto possamos caminhar mil léguas, somente progredimos em substância
avançando passo a passo.
Daí, a importância da existência terrena, temporária e limitada em muitos
ângulos porém rica e promissora quanto aos ensejos que nos faculta para
automatizar o bem, no campo de nós mesmos, mediante a possibilidade de sermos
bons para os outros.
Decisão é necessidade permanente.
Nossa vontade não pode ser multipartida.
Idéia, verbo e atitude exprimem resoluções de nossas lamas, a frutificarem
bênçãos de alegria ou lições de reajuste no próprio íntimo.
Vacilação é sintoma de fraqueza moral, tanto quanto desânimo é sinal de doença.
Certeza no bem denuncia felicidade real e confiança de hoje indica serenidade
futura.
Progresso é fruto de escolha.
Não há nobre desincumbência com flexibilidade de intenção.
Afora tu mesmo, ninguém te decide o destino.
Se a eventualidade da sementeira é infinita, a fatalidade da colheita é
inalienável.
Guardas contigo tesouros de experiências acumulados em milênios de luta que
podem crescer, aqui e agora, a critério do eu alvitre.
Recorda que o berço de teu espírito fulge longe da existência terrestre.
O objetivo da perfeição é inevitável bênção de Deus e a perenidade da vida
constitui o prazo de nosso burilamento, entretanto, o minuto que vives é o
veículo da oportunidade para a seleção de valores, obedecendo a horário certo e
revelando condições próprias, no ilimitado caminho da evolução.
André Luiz