Obsessores e Tentação
Ao contato das idéias renovadoras que te bafejam, afirmas-te na disposição de
estudar e servir, com vistas à sublimação que demandas.
Muita vez, porém, te lamentas contra obsessores e tentações, imputando a eles
fracassos e desencantos que te assoberbam. Uns e outros, contudo, são frutos de
tua sementeira ou circunstâncias forjadas por teu próprio comportamento.
Partindo do princípio de que somos mais ou menos indiferentes a todos aqueles
que não conhecemos, apenas experimentamos atração ou aversão por aqueles
espíritos com os quais já convivemos nas existências passadas.
Diante, pois, de nossos desafetos, convém profundo auto-exame, para verificarmos
até que ponto seremos nós e eles os perseguidores e os perseguidos.
Por outro lado, ser-nos-á lícito classificar por seduções das trevas os impulsos
inferiores que não cogitamos de arrancar ao âmago de nós mesmos?
Achamo-nos entre obsessores e tentações à maneira de alunos entre colegas e
percalços da escola.
A ordem – confraternização e aprendizado.
A palavra é agente de auxílio no entendimento com os irmãos que ainda não se
afinam conosco, mas, o exemplo é a força que nos arrasta à desejada
harmonização.
A prece ser-nos-á socorro contra o império das sugestões deprimentes, todavia,
ninguém extirpará tendências infelizes sem esforço máximo de auto-corrigenda.
Não alegues a carga de influências destrutivas como sendo motivo a desânimo e
frustração.
Nunca olvidar que somente a luz vence a sombra, tanto quanto só o bem vence o
mal.
Emmanuel