No Balanço das Provas
Não raro deitamos a culpa de nossos fracassos e aflições sobre os outros,
todavia, acautelemo-nos contra semelhante atitude.
Fixemo-nos, ao revés disso, em nossas infinitas possibilidades de ação e
renovação.
Provavelmente, em nossas fraquezas, teremos sido alguma vez defrontados pela
tentação de acusar amigos ou adversários, quanto aos acontecimentos
desagradáveis que nos ocorrem, no entanto, basta investigar o intimo para
reconhecermos que as nossas falhas e erros pertencem às opiniões e decisões que
formamos por nós próprios. Todos estamos entrosados uns com os outros, através
de vastas cadeias de relações e reações, no intercâmbio espiritual e as
experiências que nos são necessárias decorrem de nossa vinculação com o próximo.
Urge, porém, reconhecer que, seja endereçando sugestões a alguém ou recolhendo
as sugestões de alguém, responderemos por nossas resoluções. Na oferta ou no
aceite de idéias e emoções, formulamos compromissos, porquanto, os princípios de
causa e efeito funcionam igualmente nos domínios da palavra empenhada.
Abstenhamo-nos de atirar culpas e reprovações nos ombros alheios, quando se faz
inarredável nossa quota pessoal de débitos na conta dos obstáculos e
dificuldades que nos povoem a vida.
Cada qual de nós rodeia inelutavelmente pelos resultados das próprias obras.
Verifiquemos a nossa parte de responsabilidade nas atribulações do caminho e,
Abraçando com resignação e serenidade as conseqüências de nossos gestos menos
felizes, refaçamos escolhas e diretrizes sem necessidade de apontar as possíveis
faltas alheias.
Pacifiquemos e aperfeiçoemos a nossa área de ação e estejamos convencidos de que
se dermos o melhor de nós, realizando o melhor que se nos faça acessível ao
esforço individual, no campo da vida, o senhor complementar-nos-á o trabalho,
fazendo o resto.
Emmanuel