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Inimigos Ocultos
Mencionamos, com muita freqüência, que os inimigos exteriores são os piores
expoentes de perturbação que operam em nosso prejuízo. Urge, porém, olhar para
dentro de nós, de modo a descobrir que os adversários mais difíceis são aqueles
de que não nos podemos afastar facilmente, por se nos alojarem no cerne da
própria alma.
Dentre eles, os mais implacáveis são:
- o egoísmo, que nos tolhe a visão espiritual, impedindo vejamos as necessidades
daqueles que mais amamos;
- o orgulho, que não nos permite acolher a luz do entendimento, arrojando-nos a
permanente desequilíbrio;
- a vaidade, que nos sugere a superestimação do próprio valor, induzindo-nos a
desprezar o merecimento dos outros;
- o desânimo, que nos impele aos precipícios da inércia;
- a intemperança mental, que nos situa na indisciplina;
- o medo de sofrer, que nos subtrai as melhores oportunidades de progresso, e
tantos outros agentes nocivos que se nos instalam no Espírito, corroendo-nos a
energias e depredando-nos a estabilidade mental.
Para a transformação dos adversários exteriores contamos, geralmente, com o
amparo de amigos que nos ajudam a revisar relações, colaborando conosco na
constituição de novos caminhos; entretanto, para extirpar os que moram em nós,
vale tão-somente o auxílio de DEUS, com o laborioso esforço de nós mesmos.
Reportando-nos aos inimigos externos, advertiu-nos JESUS que é preciso perdoar
as ofensas setenta vezes sete vezes, e decerto que para nos descartarmos dos
inimigos internos – todos eles nascidos na trevas da ignorância – prometeu-nos o
Senhor: “conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres”, o que equivale
dizer que só estaremos a salvo de nossas calamidades interiores, através de
árduo trabalho na oficina da educação.
Emmanuel