Na Sublime Iniciação
Quando Jesus nos convocou à perfeição, conhecia claramente a carga de falhas
e deficiências de que estamos ainda debitados perante a Contabilidade da
Vida.
Urge, assim, penetrar o sentido de semelhante convite, aceitando, de nossa
parte, a sublime iniciação.
Na subida áspera em demanda aos valores eternos, as Leis do Universo não nos
reclamam qualquer ostentação de grandeza espiritual. Criaturas em laboriosa
marcha na senda evolutiva atendamos, desse modo, aos alicerces do
aprendizado.
Nas horas de crise, os Estatutos Divinos não nos rogam certidões de
superioridade a raiarem pela indiferença, e sim, que saibamos sofrê-las com
reflexão e dignidade, assimilando os avisos da experiência.
Renteando com injúrias e zombarias, as instruções do Senhor não exigem de
nós a máscara da impassibilidade, e sim, que as vençamos de ânimo forte,
assimilando-lhes a passagem com a benção da compreensão fraternal.
Defrontados por tentações, a vida não espera que estejamos diante delas, em
regime de anestesia, e sim, que busquemos neutralizá-las com paciência e
coragem, entesourando os ensinos de que se façam mensageiras, em nosso
próprio favor.
Abstenhamo-nos de adornar a existência com expectações ilusórias. Somos
criaturas humanas, a caminho da sublimação necessária e, nessa condição,
errar e corrigir-nos para acertar sempre mais, são impositivos de nosso
roteiro. Conquanto isso, porém, permaneçamos convencidos, desde hoje, de que
se por agora não nos é possível envergar a túnica dos anjos, podemos e
devemos matricular-nos na escola dos espíritos bons.
Emmanuel