Bençãos da Oração

Todo esforço que envidarmos para comungar com Jesus é meritória realização que nos situa em paz. Situação, essa, receptiva para desdobrar valores que jazem inatos dentro de nós.

O botão de rosa, osculado pela luz solar, abre-se a desatar perfumes.

O charco em apodrecimento na própria miséria, sob as carícias da luz, renova-se, libertando-se, a pouco e pouco, das condições deploráveis.

O coração humano, visitado pela sublime luz do Céu, amplia as suas fronteiras de amor e agasalha toda uma multidão de aflitos.

Orando, o Cristo falava ao Pai. No intervalo da oração, escutava Deus.

Orando, foi preso numa cruz. Em silenciosa prece, despediu-se dos homens a fim de retornar logo mais.

Oremos, infatigavelmente, e não seremos surpreendidos pela frialdade das lutas anestesiantes. Oremos, e a ardência das paixões não nos conseguirá aniquilar.

Orando, ofereceremos oportunidade aos nossos irmãos em trevas, para que se penetrem de luz.
Orando, dar-lhe-emos o pão da esperança e o orvalho refrescante da paz, executando o nosso dever puro e simples, no ministério do auxílio fraternal.

Mediante a prece, o cristão decidido se encontra em permanente atitude de doação-recepção, podendo colher as bênçãos que se multiplicam durante o intercâmbio com as usinas poderosas da Vida Maior, enquanto ora..


João Cleofas