Novas Conquistas Aproximam a Ciência da Religião
Meus filhos! Que Jesus nos abençoe!
Pergunta-se, ante a grandeza dos postulados exarados no Evangelho de Jesus, se é
possível vivê-los na atualidade, mantendo a pulcritude dos seus conteúdos.
Esclarece-se que os desafios contemporâneos são muitos graves, e os
comportamentos humanos variaram desde aquela época até este momento.
Apresenta-se a grande problemática do sofrimento coletivo nos transtornos
pandêmicos, que sacodem o planeta por meio das criaturas a se debaterem em
aflições inenarráveis.
Demonstra-se que a ironia e a perversão dos valores ético-morais, com a eleição
do erotismo ao posto mais representativo das aspirações imediatas, constituem
impedimento à vivência das palavras sublimes de Jesus.
Cada época, no entanto, caracteriza-se pelas suas próprias dificuldades e
celebriza-se pelas conquistas incomparáveis de natureza intelecto-moral.
Não seja de surpreender que a Ciência, através de homens notáveis e mulheres
extraordinárias, vem realizando a sua parte missionária, oferecendo ao ser
humano melhores condições de vida, longevidade, conforto para alguns e
perspectivas de melhores dias para todos.
Do ponto de vista filosófico, recordamo-nos que no século XVII grandes filósofos
e cientistas, desejando ampliar os horizontes do conhecimento e libertar a
Ciência das garras totalitárias das religiões ortodoxas, optaram pela
restauração do atomismo grego, abrindo o grande abismo entre Ciência e Religião.
Nos séculos que sucederam àquele período, a Ciência pôde, enfim, penetrar nos
laboratórios, entender a psique humana, interpretar vários enigmas do Universo
nas macro e micropartículas, desenhando extraordinários contributos para o
progresso e para a sociedade.
Graças ao Espiritismo, na sua feição de ciência experimental, foi possível
lançar a primeira ponte sobre o abismo, demonstrando que o resultado máximo da
investigação científica é o encontro com a verdade relativa pela linguagem dos
fatos e, ao constatar-se a imortalidade da alma, ao confirmar-se a reencarnação
nos laboratórios da mediunidade, foi inevitável a aceitação de Deus como causa
do Universo.
E, aberto este novo paradigma, a evolução da física quântica chega, na
atualidade, a detectar o bóson como assinatura de Deus, enquanto a decodificação
do genoma humano propõe a fórmula para se descobrir como Deus gerou a vida.
E, a cada dia, novas conquistas aproximam a Ciência da Religião. Porém, a
Religião baseada nos fatos, com uma filosofia otimista e uma psicoterapia
libertadora da ignorância, essa geratriz dos males que afligem a criatura
humana.
Vivemos o momento histórico da grande transição, quando se abraçarão a Ciência e
a Religião, conduzindo as mentes humanas a Deus e, por consequência, ao amor,
ampliando os horizontes da solidariedade para que todas as vidas constituam o
ideal proposto por Jesus: o rebanho único e o seu Pastor.
Vivemos um momento decisivo para se demonstrar que é possível, sim, viver o
Evangelho conforme os apóstolos de Jesus exemplificaram.
Certamente, mudaram as circunstâncias, e as exigências do progresso são
diferentes, mas os testemunhos que comovem e edificam, que fazem a verdadeira
divulgação do Bem, prosseguem assinalando as vidas fiéis ao incomparável Rabi
Galileu.
Fostes convidados a contribuir neste momento glorioso com o conhecimento que
liberta e o amor que edifica.
Não seja de estranhar que, muitas vezes, sentireis na alma o aguilhão do
testemunho, disfarçado com aspectos diferenciados, mas convidando-vos à
confirmação de que sois discípulos do Rabi Galileu que ainda não encontrou no
mundo a aceitação que merece.
O Espiritismo, meus filhos, é o próprio pensamento de Jesus retornando ao mundo,
que o abandonou, com o fim de poder construir a Era Regeneradora para todas as
criaturas.
Sede fiéis! Sem qualquer proposta masoquista, pagai o tributo pela honra e a
glória de conhecer Jesus. O holocausto hoje é silencioso, discreto e passa
despercebido da multidão galhofeira, dos espetáculos circenses e dos quinze
minutos tradicionais dos holofotes da ilusão.
Assinalados pela mansidão do Cordeiro de Deus, avançai, espargindo luz e felizes
pela oportunidade autorredentora, pela conquista da autoconsciência e pela
alegria da certeza imortalista.
Nestes dias, estabelecestes programas para a vivência do Evangelho dentro dos
novos paradigmas da sociedade, não esquecendo nunca que o amor – do qual se
origina o perdão, nasce a compaixão e estua a caridade – é a vossa condecoração,
para que a imolação no Bem seja o momento culminante das vossas vidas entregues
a Jesus.
Os espíritos-espíritas, que comungam convosco e aqui estivemos, congratulam-se,
todos congratulamo-nos com os ideais que abraçais e com os propósitos firmados
de servir, sempre e mais, diminuindo-nos para que o Mestre cresça em vossas, em
nossas, na vida de todos.
Muita paz, meus filhos!
São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra de Menezes