Súplica de Amor
Tu, que nos convidaste para o banquete da Boa Nova, embora não dispuséssemos
da túnica nupcial, aceitamos a invitação, e aqui estamos.
Tu, que nos convidaste para trabalhar na Tua vinha, embora não tivéssemos
condições hábeis para o bom serviço, e assim mesmo nos aceitaste.
Tu, que nos foste buscar perdidos no abismo, depois que tresmalhamos do Teu
rebanho, e a ele retornamos.
Tu, sublime amigo dos desventurados, que nunca Te cansaste de chamar-nos ao seio
da Tua misericórdia, em nome de Deus, e sempre acompanhas o nosso sucesso
dominado pela compaixão, novamente abres os Teus braços, para que repousemos no
Teu regaço.
Jesus!
Temos sede de paz.
Anelamos pelo encontro com a saúde integral que somente existe no Teu afável
coração.
Permite que, deste conúbio em que desces até nós, e nos mimetizas com as Tuas
energias santas, possamos representar-Te em qualquer lugar por onde deambulemos,
dizendo a todos que somos os Teus discípulos, fracamente fiéis, carregando o
madeiro das próprias aflições.
Jesus, Tu que nos amas, ajuda-nos a aprender a amar, de tal forma que a Tua
presença em nós anule a dominação arbitrária das nossas paixões, e sejas Tu a
dominar-nos interiormente, como um dia penetraste no Teu discípulo, o cantor das
gentes, por intermédio de quem passaste a cantar a Tua mensagem.
Segue conosco Senhor, e ajuda-nos a conquistar o nosso mundo interior para que o
Teu reino se estabeleça em nós, e se prolongue por toda a Terra.
Filhos da alma!
Eia, agora! Não depois, nem amanhã, nem mais tarde. O processo de transformação
íntima deve começar neste instante, sem recidivas no mal, sem retorno às
situações embaraçosas e perturbadoras. O Mestre conta conosco na razão direta em
que contamos com Ele.
Que brilhe, portanto, em nós, a luz que vem dEle, apagando por completo a treva
teimosa que permanece nas paisagens do nosso coração.
Bezerra de Menezes