Reeducandos

Os nossos irmãos reeducandos, residentes em setores de segregação construtiva, não se encontram sozinhos.

Em todos os lugares de Terra, surpreendemos os sentenciados de variada espécie, dentre os quais se destacam:

os presidiários retidos em provações de longo curso;
os emparedados no remorso que carregam o peso de culpas inconfessadas;
os detentos da rebeldia, que não se satisfazem com os recursos que a vida lhes coloca nas mãos;
os encarcerados em sofrimentos claramente voluntários que recusam qualquer saída para a luz do espírito;
os prisioneiros da inconformação que não aceitam as diretrizes do trabalho para o bem, que se lhes oferece por terapêutica de libertação;
os encadeados na angústia que se acham isolados nas celas de reflexão que se lhes fazem necessárias ao próprio burilamento.

Diante de companheiros considerados delinqüentes abstém-te de condená-los.

Todos nós, espíritos em evolução na Terra, somos os viajores dos milênios e estamos ainda em processo regenerativo, à vista das imperfeições que nos marcam o espírito.

E se pudéssemos rasgar o peito, à frente de nossos interlocutores e companheiros do cotidiano, certamente que eles todos conseguiriam ler este letreiro, gravado a fogo e lágrimas, em nossos corações:

“Compadece-te de mim!... “


Emmanuel