Indagações a Nós Mesmos
Que seremos na casa de nossa fé, em companhia daqueles que comungam conosco o
mesmo ideal e a mesma esperança?
Uma fonte cristalina ou um charco pestilento?
Um sorriso que ampara ou um soluço que desanima?
Uma abelha laboriosa ou um verme roedor?
Um raio de luz ou uma nuvem de preocupações?
Um ramo de flores ou um galho de espinhos?
Um manancial de bênçãos ou um poço de águas estagnadas?
Um amigo que compreende e perdoa ou um inquisidor que condena e destrói?
Um auxiliar devotado ou um espectador inoperante?
Um companheiro que estimula as particularidades elogiáveis do serviço ou um
censor contumaz que somente repara imperfeições e defeitos?
Um pessimista inveterado ou um irmão da alegria?
Um cooperador sincero e abnegado ou um doente espiritual, entrevado no catre dos
preconceitos humanos, que deva ser transportado em alheios ombros, à feição de
problema insolúvel?
Indaguemos de nós mesmos, quanto à nossa atitude na comunidade a que nos
ajustamos, e roguemos ao Senhor para que o vaso de nossa alma possa refletir-lhe
a Divina Luz.
Maria Dolores