Infinito Amor
Diante daqueles que supunhas transviados, mesmo que se entremostrem cegos no
crime, não te confies à maldição.
Nessas horas difíceis, indagas de ti próprio onde a grande razão pela qual Deus
tolera semelhantes abusos.
No entanto, se a inquietação de invade, pensa em teu próprio filho, ao surgirem
problemas...
Se notas infelizes lhe assinalam o estudo, sabes dar-lhe na escola o curso
repetido ou transferes o exame para segunda época.
Se foge à profissão, diligencias sempre atividades novas, para vê-lo correto e
ajustado ao dever.
Se aparece doente, angarias remédio, restaurando-lhe as forças.
Se o vício lhe corrompe as fibras da consciência, não lhe cortas os braços, mas
buscas na vida os meios necessários para que se reeduque.
Se comete erro grave, não lhe queres a morte, porquanto sentes que a compaixão
te sugere outros campos de serviço e de emenda.
Ainda nas circunstâncias em que o mal re pareça abarcar toda a terra, pensa no
amor divino, que sustenta as estrelas e alimenta os insetos, a fim de que
percebas, vibrando em toda parte, os apelos constantes do perdão e do auxílio.
Compreenderás, então, que a falta de alguém, hoje, pode ser nossa falta,
igualmente, amanhã.
E ao notarmos que nós, Espíritos falíveis, conseguimos amar, embora a
imperfeição que nos tisna de sombra, saberemos por fim que Deus é sempre amor,
sempre Infinito Amor, na Justiça da Lei.
Emmanuel