Nossa Reunião
- De que modo iniciar o culto de assistência? – alguém nos perguntou.
- Com os recursos que se nos façam possíveis e onde estivermos, - respondemos
nós.
Aliás, é justo assinalar que a presente reunião oferece clima ideal para o
começo de semelhante realização.
Aqui se encontram muitos companheiros, conhecidos e desconhecidos, de uns para
com os outros.
Esse perdeu um ente amado e aguarda um clarão de fé para a noite da saudade que
lhe obscurece os pensamentos; aquele, entre as paredes domésticas, possui um
irmão doente para quem deseja apoio espiritual; outro carrega consigo pesada
inquietação de que anseia desvencilhar-se; e ainda outro experimenta o frio da
descrença, pedindo, em silêncio, essa ou aquela réstia de esperança na Vida
Espiritual.
É possível, ainda, que no contexto de nossa composição estejam amigos
desconsolados e tristes por não encontrarem soluções prontas destinadas aos
problemas de que são portadores.
Iniciemos o nosso aprendizado de beneficência aqui mesmo.
Relevemos, sem qualquer tisna de mágoa, a atitude de alguém que, por enquanto,
não nos consiga observar com simpatia; esqueçamos o gesto de intemperança mental
que, talvez, tenhamos anotado nessa ou naquela pessoa; estendamos, pelo menos,
ligeira prestação de serviço ao enfermo que, acaso, se veja, ao nosso lado,
requisitando atenção; e ofereçamos um sorriso espontâneo de compreensão e
acolhimento a quantos nos compartilhem do ambiente, encorajando o cultivo da
solidariedade e do entendimento.
Uma reunião de paz e fraternidade não é um agrupamento estanque, no qual alguns
companheiros ensinem e outros amigos apenas escutem. É um encontro de elevada
significação, de cujas tarefas todos podemos e devemos participar, cooperando em
favor do bem geral, através da maneira que se nos faça mais acessível.
Um encontro, qual o nosso, em que permutamos experiências e ensinamentos, não é
tão-somente um ensejo de orar e beneficiar-nos, mas também expressa em si e por
si, valiosa oportunidade para que todo participante da equipe possa aprender e
pacificar-se, compreender e servir.
Emmanuel