O Bordão

“E ordenou-lhes que nada tomassem para o caminho, senão somente um bordão; nem alforje, nem pão, nem dinheiro no cinto.” – Marcos: - 6-8


Entre as recomendações do Mestre aos apóstolos, na ocasião de início de sua sublime tarefa, existe uma observação interessante mencionada por Marcos, embora Lucas e Mateus não a registrem nas suas anotações.

No Evangelho do grande companheiro de Simão Pedro, Jesus esclarece que os discípulos não necessitam de alforje, de pão ou de dinheiro para o caminho, mas que precisam de um bordão para a grande jornada.

Não se trata de bordões, mas de um somente, como está claro nas recomendações do Messias.

Não destacamos o conselho para afirmar que o homem deva assumir atitudes de ataque, de supremacia ou de revide injustificável, mas desejamos assinalar que o instrumento mencionado é o símbolo da vigilância permanente, indispensável à criatura.

Um bordão serve para analisar os fojos da estrada, coopera para que se possa distinguir um verme de uma víbora e, além disso, é uma base de apoio, sobre a qual o homem se poderá defender contra o esgotamento das próprias forças.

Só o perverso torna-lo-á instrumento do crime, porque o homem esclarecido saberá usá-lo como companheiro generoso e leal.

O bordão para o discípulo fiel significará que seu espírito está sempre pronto e vigilante para os esclarecimentos justos, utilizando, nesse mister, o próprio objeto em que se arrima nos caminhos da vida.

Ele, para tanto, não mais será, para as nossas almas, um bastão de madeira, mas uma atitude decidida, que sendo o nosso amparo com Cristo, é a própria razão de nossa defesa.

Essa nota do apostolo Marcos é muito importante, porque Deus nos dará a providencia, mas nós lhe devemos dar vigilância.

O Pai estará atento na vigília do Lar Infinito, mas nós devemos estar prontos a velar por nossa parte.


Emmanuel