Canção Materna
Filho do coração, além das dores
Da cruz de pranto que te dilacera,
Fulge, sublime, excelsa primavera
Ao sol do amor de todos os amores.
Agradece os espinhos e amargores
Em que te afliges sob a longa espera...
E lançando ao futuro a alma sincera,
Vara, gemendo, os trilhos redentores.
Chora, louvando as lágrimas doridas
Que nos lavam as sombras de outras vidas
Como forças de imensa tempestade...
Trabalha, serve e crê, ama e confia
E ascenderás à glória da alegria
No coração de luz da Eternidade.
Auta de Souza