Fazer o Bem
Anda em baixa, nos dias de hoje, o fazer o bem. Queixam-se as
pessoas que se faz o bem, se auxilia a outrem mas só se recebe em troca
ingratidão.
Esta é uma estranha maneira de pensar. Afinal de contas, fazer o bem não deve
jamais ter como objetivo o reconhecimento.
Se Jesus tivesse cogitado ou ainda cogitasse de receber agradecimentos pelo bem
que realizou e ainda realiza para os homens, jamais teríamos recebido a mensagem
do evangelho nem sua devotada assistência.
Desejar o reconhecimento do outro pelo bem que faz não deixa de ser uma forma de
cobrança.
E nós sabemos que a prática do bem deve ser desinteressada, mas quem o pratica
sempre se beneficia em primeiro lugar.
Para ilustrar essa questão, vamos narrar um fato verídico.
É a história de uma família rica, que foi passar um fim de semana em uma bela
propriedade. A família era a do Lord Churchill.
As crianças se divertiam numa deliciosa piscina. No último dia, ocorreu uma
tragédia. O menino menor caiu n'agua e quase afundou. As outras crianças
começaram a gritar.
Tentavam alcançar com as mãos o pequeno, que se afogava. Mas não conseguiam. Por
fim, o filho do jardineiro, ouviu os gritos e saltou na piscina, retirando dali
o garoto.
Quando o pai ouviu a história, ficou muito agradecido. Ele se dirigiu ao
jardineiro, o senhor Fleming e lhe perguntou o que poderia fazer por ele.
"Afinal", disse, "o seu filho salvou a vida do meu filho."
O jardineiro, no entanto, disse que não havia necessidade de fazer coisa alguma.
O seu filho fizera o que qualquer outro faria.
O pai do pequeno Winston Churchill insistiu: "mas eu preciso fazer alguma coisa
pelo seu filho. O que ele gostaria?"
Bem, respondeu o Sr. Fleming, desde que aprendeu a falar, tem manifestado o
desejo de ser um médico.
O homem agradecido estendeu a mão ao senhor Fleming e garantiu: seu filho
freqüentará a melhor escola de medicina da Inglaterra. E sustentou a palavra.
Anos depois, o mundo foi sacudido com a notícia de que Churchill, o estadista
conhecido como o maior inglês de todos os tempos, estava doente com pneumonia,
em Teerã.
Os meios de comunicação com a Inglaterra transmitiram por toda a nação, o desejo
de que o melhor médico do império britânico tomasse um avião para Teerã e
assistisse ao primeiro ministro.
Esse médico foi o Dr. Fleming, o descobridor da penicilina. Os seus esforços
foram coroados de êxito. Mais tarde, recuperado, Winston Churchill, declarou:
"não é sempre que o homem tem a oportunidade de agradecer ao mesmo homem por
haver-lhe salvo a vida duas vezes."
O pequeno Fleming, que havia salvo a vida do pequeno Churchill, quando se
afogava numa piscina, tornou-se o dr. Fleming, que de novo lhe salvou a vida.
O pai de Winston Churchill, jamais poderia ter imaginado que ao dar a Alexander
Fleming, a oportunidade de estudar na melhor escola de medicina da Inglaterra,
estava provendo o meio de salvar a vida do seu filho, pela segunda vez, através
do mesmo homem.
Além disso, sua gratidão para o menino que salvara a vida do seu filho, valeu
para o mundo a possibilidade de uma mente brilhante se graduar em medicina.
Depois dedicar-se ativamente a pesquisas de laboratório, no campo da
bacteriologia e legar para a humanidade a possibilidade da cura de numerosas
infecções.
É pensando em situações como essa, que percebemos que o bem sempre faz bem a
quem o pratica. Gratifica a alma e retorna em forma de bênçãos para a criatura."
Você sabia?
Que Alexander Fleming era de origem escocesa e que recebeu o Prêmio Nobel de
medicina no ano 1945?
E que em 1928 descobriu a penicilina?
A penicilina abriu, para o mundo, a era dos antibióticos, que representa uma das
mais importantes conquistas médicas e sociais.
Momento Espírita