Sigamos
Sigamos.
Benditos quantos sofram pelo nome e pela Obra do Senhor.
E sabemos que não sofremos em vão.
Nossos pés serão guardados na trilha a percorrer e nossos pensamentos de paz e de amor se elevarão para o Alto, nascidos de nossa alma na direção do Amigo Eterno.
Antigamente, os seguidores de Jesus eram dados ao sacrifício nas arenas de martírio.
A morte era assunto direto nos espetáculos públicos. E com o suplício de tantos heróis se pavimentou a estrada pela qual transitam no Mundo as revelações do Evangelho.
Hoje, os companheiros do Mestre são constrangidos a testemunhar esperança e compreensão, luz e vida nos recintos fechados da Terra, entre as paredes da vida particular.
A morte que se lhes deseja infligir se efetua sob os ditames da violência, mas, a pouco e pouco, sob as farpas da calúnia ou da injúria, da perseguição indireta ou da incompreensão em forma de desequilíbrio e loucura.
Entretanto, é por esse caminho espinhoso de dores e aflições a fogo lento, ocultas por dentro do espírito, que se edificará o clima da instalação definitiva do Cristianismo na Terra.
Por isso mesmo, é imperioso entender, silenciar, amar, perdoar...
Digamos “presente” à chamada do Senhor e continuemos a doar de nós tudo aquilo que possuímos de melhor.
Ante a sombra, faze luz.
Diante do ódio, descortinar fontes novas de amor.
À frente da perturbação, trabalhar sempre em favor de todos, e mais particularmente a favor dos que se tresmalham na discórdia e na acusação, ignorando que, em fazendo sofrer outros, plasmam eles cárceres de sofrimento para si mesmos.
Recebamos as dificuldades da tarefa por lições abençoadas, em que o Senhor nos pede mais amplas demonstrações de união com Ele.
Abençoar e abençoar sempre.
A tempestade ruge e nos ameaça a construção, mas a nossa capa espiritual – a definir-se pela moradia espiritual de nosso princípios e convicções – está edificada sobre a rocha da confiança.
Sustentemos a nossa firmeza em trabalho, sorrindo para todos os companheiros que nos compartilhem a experiência e a todos louvando pelo concurso bendito com que nos impulsionam para a frente.
Somos devedores de todos e a cada um nos cabe retribuir com a luminosa moeda do amor.
Nunca nos julguemos sozinhos, nem mesmo naqueles momentos em que surpreendemos a nossa prece orvalhada de lágrimas, no silêncio de nossas conversações com Deus, nas quais ouvimos a sua voz perguntando:
“Senhor, por que?”.
De mãos unidas, depois de cada prece, regressemos ao serviço do bem, no qual aprendemos a libertar-nos definitivamente do mal.
Confiemos.
E, agora, terminado, reflitamos no Benfeitor Divino que nos precedeu monte acima.
A subida é áspera e os horizonte parecem carregados de sombra...
Entretanto, nos cimos do outeiro alcançaremos visão mais dilatada e mais sublime do Mundo e as nuvens se desfarão para que a luz resplandeça nos Céus...
Esperança e alegria e estejamos na certeza de que o Senhor nunca nos faltará; sigamos.
Maria do Rosário