Sentenciados
Com relação à pena de morte, sabendo-se que a morte não existe, no sentido da
extinção da personalidade, não nos será lícito apoiá-la, de vez que estaríamos
aplaudindo na comunidade uma atitude que reprovamos no indivíduo.
Em suma, nunca sanaremos um mal com outro mal.
Considerando-se, porém, a lei da evolução que nos preside os destinos, ante a
Divina Justiça, é importante observar que temos na Terra milhões de
sentenciados, como sejam:
os espíritos selvagens estão intimados a perderem, através de longas provações,
a brutalidade a que ainda se apegam;
os analfabetos se encontram na obrigação de caminharem para as fontes da
instrução;
os maus jazem indicados para longas incursões no sofrimento, a fim de aprenderem
a ser bons;
os ingênuos fadados a muitos desenganos com o objetivo de adquirirem
experiência;
os rebeldes reconhecer-se-ão encabrestados na fieira de obstáculos e frustrações
consecutivos, de modo a alcançarem a luz da reflexão e da disciplina;
os ociosos, cronificados na inércia, estão marcados para imersões nos nevoeiros
da penúria, a fim de compreender a felicidade e o privilégio do trabalho.
Atendendo-se aos princípios de causa e efeito que nos regem e sem anotarmos os
problemas de lugar e tempo, dever e condição, até atingirmos a Espiritualidade
Superior, todos nós estamos sentenciados a tarefas determinadas que o exame
correto de nossas tendências nos demonstram quais são.
Emmanuel