Aos Tristes

Alma triste e infeliz que se tortura
No tormento que punge e dilacera,
Para quem nunca trouxe a Primavera
Dos seus pomos dourados de ventura;

Sou teu irmão, e intrépido quisera 
Trazer-te a luz que esplende pela Altura, 
Afastando essa dor que te amargura 
Nas ansiedades de uma longa espera.

Mas há quem guarde as gotas do teu pranto
No tesouro sublime e sacrossanto
Dos arcanos de luz da Divindade!


Cruz e Souza