Samaritanos e Nós
Quem de nós não terá caído alguma vez, em bandono ou penúria,
aflição, amargura, engano ou perturbação?
A face disso, para nós o Samaritano da Bondade - a criatura que nos reergue ou
reanima - será sempre aquela pessoa:
Que nos acolhe nos dias de tristeza com a mesma generosidade com que nos abraça
nos instantes de alegria;
Que nos estima, assim tal como somos, sem reclamar - nos espetáculos de
grandeza, de um dia para o outro;
Que nos levanta do chão da própria queda para o regaço da esperança, sem cogitar
de nossas fraquezas;
Que nos alça do precipício da desilusão ao clima de otimismo, sem comprovar-nos
a imprevidência;
Que nos ouve as queixas reiteradas, rearticulando sem aspereza o verbo paciência
e da compreensão;
Que nos estende essa ou aquele porção de recursos de que disponha, em favor da
solução de nossos problemas, sem pedir o relatório de nossas necessidades e
compromissos;
Que nos oferece esclarecimento, sem ferir-nos o brio;
Que nos ilumina a fé, sem destruir-nos a confiança;
Que se transforma em harmonia e concurso fraterno, seja em nossa casa, ou no
grupo de serviço em que trabalhamos;
Que nos converte no cotidiano em apoio e cooperação, sem exigir-nos tributos de
reconhecimento;
Que por fim, se transubstancia, em nosso benefício, em luz e consolação, amparo
e benção.
Detenhamo-nos a pensar nisso e lembrando, reconhecidamente, quantos se nos fazem
Samaritanos do Auxílio e da Bondade, nas estradas da existência, recordemos a
lição de Jesus e, diante dos outros, sejam eles quem sejam, fasçamos nós o
mesmo.
Emmanuel