De Alma para Alma

Faça da fé a lúcida cartilha
Na romagem de pranto que te apura
E, atravessando a grande noite escura,
Segue, louvando a mágoa que te humilha.

Não desdenhes chorar, querida filha...
Sob o rude madeiro da amargura
Atingirás a luz da imensa Altura,
Onde a gloriado amor se eleva e brilha...

Recorda o Mestre aflito e solitário
E agradece, nas urzes do Calvário,
A sacrossanta dor que te ilumina!

Vence as pedras da angústia e do cansaço
E, um dia, alcançaremos, passo a passo,
O Eterno Lar da Redenção Divina.


Vallado Rosas