Nossos Deveres
A partir da ciência que tenhamos das Supremas Leis de Deus e da consciência que guardemos da importância em vivenciá-las, será menos difícil identificar quais são os nossos deveres no seio da vida terrena.
Se pensarmos na sociedade à qual estamos ajustados, serão deveres nossos o trato da boa convivência, o respeito às leis constituídas, a participação consciente nos labores dedicados ao progresso comum, e assim por diante.
Se frenteamos a questão da liberdade, cabe-nos admitir a chance de aplicar as
benesses dessa liberdade em favor da alforria da alma, liberando-nos dos
condicionamentos retrógrados como preconceitos e animosidades, além de
reconhecer que os outros também devem experimentar essa mesma oportunidade,
estabelecendo, então, que o limite da nossa é a liberdade do semelhante.
Se considerarmos o progresso, serão deveres nossos a identificação da
importância de desenvolver não somente as coisas relativas ao homem corporal,
mas, primordialmente, aquelas condizentes com o ser imortal, caminhante
consciente da evolução. Cabe-nos ativar o progresso de tudo o que constitua
valor para a alma perene, independentemente de onde haja surgido, uma vez que
Jesus tem servidores grandiosos em todos os escaninhos da Humanidade.
Se tratarmos da adoração a Deus, cumpre-nos realizar o esforço de amadurecer
concepções, rever como estão as nossas relações com o Criador, afastando-nos
tanto do fanatismo, gerado pela ignorância presunçosa, quanto do pieguismo, que
representa a ignorância acomodada.
Nossos deveres no mundo, diante da Divina Consciência, refletirão sempre a nossa
maior disposição de aprender e servir, deverão demonstrar sempre a nossa
capacidade de pensar e espalhar o bem, indicando a nossa maior integração com a
harmonia das proposições do Senhor.
Procuremos pensar no dever não como uma cruz, que espezinha e pesa, mas, sim,
como uma vestimenta confortável e bela, à qual vamos acrescentando rendas e
luzes, na medida em que desenvolvamos maior condição de cumpri-lo sem dor, sem
amargura, sem frustrações, mas com os júbilos de quem se supera e não aguarda a
imposição dos sofrimentos, das pressões provacionais para executá-lo.
Nossos deveres bem atendidos representarão a nossa maioridade espiritual, que nos abre as portas ao Grande Reino pelo qual anelamos há milênios.
Rosângela C.Lima