Vida Mental
A vida mental responde pelas atitudes comportamentais, expressando-se em
formas de saúde ou doença conforme o teor vibratório de que se revista.
O bombardeio de petardos contínuos, portadores de alta carga destrutiva, agindo sobre os tecidos sutis da alma, desarticula as engrenagens do perispírito que reflete, no corpo e na emoção, as enfermidades de etiologia difícil de ser detectada pelos métodos comuns.
À exceção dos severos problemas de saúde defluentes das reencarnações passadas, como as viroses e psicoses profundas, as mutilações e deficiências
traumatizantes, as baciloses e idiotias irreversíveis que se gravaram como
necessidade provacional ou expiatória, grande parte dos males que pesam na
economia da área do equilíbrio fisiopsíquica decorre da ação da mente
desgovernada, sujeita à indisciplina de conduta e, sobretudo, rebelde, fixada
aos caprichos das paixões mais primitivas.
É natural e justo que a descarga mental desagregadora lançada contra alguém,
primeiramente atinja os equipamentos que lhe sustentam a onda emissora.
Acumulando cargas deletérias, desconjuntam-se os delicados tecidos sustentados
pela energia, ocasionando os desastres no campo da inarmonia propiciadora de
distúrbios variados e contaminações compreensíveis.
A ação imunológica do organismo desaparece sob a contínua descarga das forças
perniciosas, abrindo espaço para as calamidades físicas e psicológicas.
Relacionemos algumas ocorrências.
A impetuosidade bloqueia a razão e desarticula o sistema nervoso central.
A queixa e o azedume emitem ondas pessimistas que sobrecarregam os sistemas de
comunicação, produzindo envenenamento mental.
A ira obnubila o discernimento e produz disfunções gastrintestinais pelos
tóxicos que lança na organização biológica.
A mágoa enlouquece, em razão de produzir fixações que se transformam em
monoideísmo avassalador.
A insatisfação perturba o senso de observação e afeta o ritmo circulatório,
promovendo quadros depressivos, ou excitantes e prejudiciais.
O ciúme enceguece e desencadeia disritmias emocionais pela tensão que domina os
neurônios condutores do pensamento.
A maledicência incorpora a calúnia e ambas desorganizam a escala de valores,
aumentando os estímulos no aparelho endocrínico que se exaure.
A ansiedade e o medo desestruturam o edifício celular dando margem a distonias
complexas.
A vingança, sob qualquer aspecto agasalhada, corrói os sentimentos, qual ácido
destruidor, abrindo brechas para a amargura, o suicídio, alucinação...
Não nos referimos aos componentes obsessivos, por desnecessário, que tais
atitudes facultam por sintonia.
Vários tipos de cânceres, alergias e infecções na esfera física, e neuroses,
esquizofrenias e psicoses na faixa psíquica, têm as suas gêneses no
comportamento mental e nos seus efeitos morais.
A ação dos medicamentos e de várias psicoterapias por não alcançarem os centros
mentais geradores do mau comportamento, tornam-se inócuos, quando não constituem
sobrecarga nos órgãos encarregados dos fenômenos de assimilação e de
eliminação...
Compreensível, portanto, que as construções positivas do bem e o cultivo das
virtudes evangélicas produzam quadros de saúde e de bem-estar pelos estímulos e
recursos que oferecem à organização fisiopsíquica do homem.
Mantém-te equilibrado a qualquer preço, para que não pagues o preço da culpa.
Não sejas aquele que se faz o mau exemplo.
Sê discreto e aprende a superar-te.
Vence os pequenos problemas e percalços com dignidade, a fim de superares os
grandes desafios da vida com honradez.
Podes o que queres.
Resolve-te, em definitivo, por ser cristão, não te permitindo o que nos outros
censuras, sem desculpismos nem uso de medidas infelizes com as quais esperas do próximo aquilo que ainda não podes ser.
Joanna de Ângelis