São de Deus os Nossos Pais
Enquanto as flores brotam nos jardins, elaborando cores e aromas, é Deus
interessado no embelezamento e conforto da Terra.
Enquanto as aves, ágeis e belas, singram os ares e por toda parte entoam seus cantares, é Deus desejoso de ensinar ao mundo as lições da liberdade atrelada à alegria das Alturas.
Enquanto, na intimidade do infinito, se movem os astros, luminosos uns,
iluminados outros, no seu giro continuado por meio de órbitas soberbas, é Deus
que nos quer demonstrar o valor da ordem e da disciplina, seja qual for a nossa
posição entre todos, sem que deixemos de ser nós próprios, mas sem fugir dos
itinerários que a Ele, com certeza, nos conduzirão.
Enquanto a colméia e o formigueiro fervem com a azáfama dos operosos insetos,
que acabam sendo exemplos para muitos humanos, é Deus que anseia a nos mostrar o
valor do labor em equipe e a bênção do trabalho para toda a criação.
Enquanto, no regaço de uma mãe ou nos fortes braços de um pai, houver uma
criança chorosa ou risonha, por entre cuidados, afagos e beijos de ternura, é
Deus informando à humanidade quão inesgotável e profundo é o Seu amor pelos
filhos que se desenvolvem pelos roteiros das existências.
E se Deus nos aproxima dos pais, a fim de que nos atendam e que nos amem tanto,
somente seremos merecedores do mundo novo e aperfeiçoado do futuro, se os
amarmos também, agradecidos por tudo o que lhes devemos, apaixonados por tudo
que representam em nossas jornadas e emocionados por simbolizarem junto a nós as
excelências do supremo amor do nosso Pai Criador, que nos injeta as energias
indispensáveis e poderosas, de modo a conseguirmos a superação dos nossos
limites e ascendermos às luzes das estrelas.
Rosângela C.Lima