O Cooperador
Imagina-te à frente de um violino. Instrumento que te espera
sensibilidade e inteligência, atenção e carinho para vibrar contigo na execução
da melodia.
Se o tomas de arranco, é possível te caia das mãos, desafinando-se, quando não
seja perdendo alguma peça.
Se esquecido em algum recanto, é provável se transforme em ninho de insetos que
lhe dilapidarão a estrutura.
Se usado, a feição de martelo, fora da função a que se destina, talvez se
despedace.
Entretanto, guardado em lugar próprio e manejado na posição certa, como a te
escutar o coração e o célebro, ei-lo que te responde com a sublimidade da
música.
Assim, igualmente na vida, é o companheiro de quem esperas apoio e colaboração.
Chame-se familiar ou companheiro, chefe ou subordinado, colega ou amigo, se lhe
buscas o auxílio, a golpes de azedume e brutalidade, é possível te escape da
área de ação, magoando-se ou perdendo o estímulo ao trabalho.
Se largado ao menosprezo, é provável se entregue a influências claramente
infelizes, capazes de lhe envenenarem a alma.
Se empregado por veículo de intriga ou maledicência, fora das funções
edificantes a que se dirige, talvez termine desajustado por longo tempo.
Mas, se conservado com respeito, no culto da amizade, e se mobilizado na posição
certa, como a te receber as melhores vibrações do coração e do cérebro, ei-lo
que te corresponde com a excelência e a oportunidade da colaboração segura, em
bases de amor que é, em tudo e em todos, o supremo tesouro da vida.
Pensemos nisso e concluiremos que é impossível encontrar cooperadores eficientes
e dignos, sem indulgência e compreensão.
Emmanuel