Personalismo, a Lupa do Orgulho
O personalismo é o grande adversário da causa do amor.
Consideremo-lo em uma metáfora como a lupa do orgulho voltada na direção do eu, ampliando, exageradamente, o valor pessoal. (...)
Alguns exercícios poderão auxiliar-nos na sua identificação, o que será o
primeiro passo para um programa reeducativo. Eis uma pequena lista:
Emitir opiniões sem fixar-se obstinadamente na idéia de serem as melhores.
Aprender a discernir os limites entre convicção e irredutibilidade nos pontos de
vista.
Ouvir a discordância alheia acerca de nossas ações sem sentimento de perda ou
melindre.
Cultivar abnegação na apresentação dos projetos nascidos no esforço pessoal,
expondo-os para análise grupal.
Evitar difundir a "folha de serviço" das realizações pessoais já concretizadas.
Disciplinar e enobrecer o hábito de fazer comparações.
Acreditar que a colaboração pessoal sempre poderá ser aperfeiçoada.
Pedir desculpas quando errar.
Ter metas sem agigantá-las na sua importância frente às incertezas do futuro.
Aprender a ouvir opiniões para melhor discernir.
Admitir para si os sentimentos de mágoa e inveja.
Ser simples.
Ter como única expectativa nas participações individuais o desejo de aprender e
ser útil.
Esforçar-se para sair do "personalismo silencioso", o isolacionismo e a timidez.
Delegar tarefas mesmo que acredite que o outro não dará conta de fazê-la tão bem
quanto nós.
OLIVEIRA, Wanderley S. Mereça ser feliz. 6. ed. Belo Horizonte, MG: INEDE, 2004. cap XIII. p. 74 -75.
Ermance Dufaux